08 de fevereiro de 2025 às 15:58 - Atualizado às 15:58
Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa Fotos: Cleia Viana e Mário Agra/Câmara dos Deputados
Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou um esquema de venda de emendas parlamentares envolvendo três deputados federais do PL.
Segundo o relatório da PF, o grupo criminoso operava com divisão de tarefas e utilizava armas para ameaçar gestores municipais.
Os parlamentares investigados são Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE). O esquema também incluía lobistas e um agiota, identificado como Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como "Pacovan".
De acordo com as investigações, os deputados pegavam dinheiro emprestado com Pacovan e, posteriormente, destinavam emendas parlamentares para a cidade de São José de Ribamar (MA).
Assim que os recursos federais chegavam à prefeitura, o grupo pressionava o prefeito a devolver 25% dos valores originalmente destinados à saúde do município. O dinheiro desviado servia para quitar os empréstimos tomados pelos parlamentares.
“O agiota Pacovan empresta dinheiro para os parlamentares investigados, os quais se comprometem a devolvê-lo por meio do desvio de parte dos valores oriundos das emendas parlamentares que tinham como destino municípios do interior do Maranhão”, diz o relatório da PF.
Segundo os investigadores, Josimar Maranhãozinho liderava o esquema e comandava as ameaças armadas para garantir o repasse dos valores ilegais.
O então prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio, denunciou o esquema em 2020. Ele afirmou que se recusou a participar da fraude e relatou ter sofrido extorsão, além de ameaças contra sua família.
Diante da situação, Sampaio apresentou uma notícia-crime à Justiça Federal do Maranhão. Como o caso envolve parlamentares, o processo seguiu para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O relatório da Polícia Federal detalha o papel de cada deputado na organização criminosa:
Josimar Maranhãozinho (PL-MA): comandava o esquema e usava sua influência na captação e destinação de emendas para garantir a devolução de parte dos recursos federais.
Pastor Gil (PL-MA): atuava no núcleo político da organização. Utilizava o esquema para desviar verbas de suas emendas e negociava diretamente com prefeitos sobre a devolução dos recursos.
Bosco Costa (PL-SE): também integrava o núcleo político. Além de desviar recursos, intermediava negociações com lobistas.
Até o momento, apenas a defesa do deputado Pastor Gil se manifestou sobre o caso. Em nota, afirmou que aguarda o julgamento da denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na Primeira Turma do STF e confia que os esclarecimentos apresentados levarão ao reconhecimento da inocência do parlamentar.
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Trata-se da Operação Nacional Proteção Integral que busca identificar e prender criminosos em todo o país que agem, principalmente, na internet.
Também houve bloqueio judicial do patrimônio dos investigados. A estimativa é que até R$ 22,5 milhões tenham sido congelados.
Lin Lin Tun, de 51 anos, estava no MSC Agadir, de bandeira de Hong Kong, quando a tripulação o encontrou sem vida.
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