10 de novembro de 2023 às 19:04
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse para o Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira, 9 de novembro, que "não tinha a intenção de caluniar" nem de "ofender a reputação ou a dignidade ou o decoro" de Jair Bolsonaro (PL) ao dizer que o ex-presidente flexibilizou a posse de armas de fogo "para agradar o crime organizado".
O presidente, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), responde a um pedido feito por Bolsonaro para o petista explicar declarações feitas durante o "Conversa com o Presidente" do dia 25 de julho.
O ex-presidente pode usar a resposta como prova para propor uma ação criminal pelos delitos de injúria, calúnia e difamação.
Três trechos das declarações de Lula nessa ocasião desagradaram Bolsonaro. No primeiro, o presidente disse que "esse decreto de liberação de arma que o presidente anterior fez era pra agradar o crime organizado".
No segundo, que "eles (governo Bolsonaro) tentaram preparar um golpe. Sifu (sic)". O terceiro, por fim, diz que a gestão passada queria criar "o Ministério das Armas, o Ministério da Violência, o Ministério das Fake News, o Ministério da Mentira".
Os advogados de Bolsonaro pediram que o presidente explique o que significa a expressão "sifu", o que quis dizer com essas três afirmações e se as diria novamente. O relator é o ministro André Mendonça, que abriu prazo para Lula se explicar.
O argumento que a AGU usa na manifestação é de que não há qualquer tipo de ilícito nas declarações do presidente e que ele agiu dentro dos limites da liberdade de expressão do debate político.
Ao dizer que o presidente "não teve intenção", a AGU afirma que não houve "dolo" nas suas declarações. Isso é um dos requisitos legais para a existência dos crimes de injúria, calúnia e difamação.
Bolsonaro também move queixa-crime contra Lula
No dia 24 de outubro, Bolsonaro acionou o Supremo, mas de forma mais incisiva. Dessa vez, ele pede que Lula seja condenado criminalmente por declarações feitas na cerimônia de sanção da Lei Paulo Gustavo, vetada pelo ex-presidente.
Na ocasião, que ocorreu dia 11 de maio, além de prometer investigações, Lula chamou Bolsonaro de "paladino da discórdia, paladino da ignorância e paladino do negacionismo".
No discurso, o petista também mencionou uma mansão, de propriedade do irmão do tenente-coronel Mauro Cid, no sul da Califórnia (EUA).
Bolsonaro acusa o petista de injúria e difamação por tê-lo vinculado à mansão da família do ex-ajudante de ordens da Presidência. O caso foi distribuído para o gabinete do ministro Luiz Fux e aguarda decisão do magistrado.
Estadão Conteúdo
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Na ocasião, o pedetista ressaltou que seu apoio ao tucano se dá por acreditar que essa chapa representa hoje a mudança que o município precisa.
Segundo a corporação, mesmo após o desmonte da estrutura montada no governo Jair Bolsonaro, o suspeito seguiu divulgando mentiras nas redes sociais, inclusive enviando o material a "agentes estrangeiros, induzindo-os ao erro".
Prefeito reeleito do Recife destacou a importância da colaboração com a governadora, apesar das diferenças partidárias.
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