O ministro da fazenda, anunciou uma contenção de R$ 15 bilhões nas despesas do governo para cumprir o arcabouço fiscal neste ano.
18 de julho de 2024 às 18:56 - Atualizado às 18:56
Simone Tebet e Fernando Haddad. Simone Tebet e Fernando Haddad.
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, disseram nesta quinta-feira, 18 de julho, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já foi convencido sobre a necessidade de conter gastos do governo. Lula disse em entrevista à TV Record na terça-feira, 16 de julho, que precisava ser convencido sobre os cortes. A fala foi vazada no mercado financeiro antes da publicação pela emissora, causando turbulência.
"Ele foi convencido lá atrás. Hoje foi fácil", disse Simone Tebet. "Se estamos dando o anúncio é porque foi convencido", declarou Fernando Haddad a jornalistas nesta tarde.
Os dois deram as declarações no Palácio do Planalto depois de reunião de Lula com a Junta de Execução Orçamentária (JEO). Fazem parte do grupo, além de Haddad e Tebet, os ministro Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão).
Na fala à imprensa, Haddad anunciou uma contenção de R$ 15 bilhões nas despesas do governo para cumprir o arcabouço fiscal neste ano. Serão R$ 11,2 bilhões de bloqueio, por causa de um gasto acima do limite de 2,5% previsto pelo arcabouço, e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento, por causa da frustração de receitas em função das pendências junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Senado, já que a decisão sobre a compensação da desoneração da folha de pagamentos ficou para setembro.
O ministro ainda relembrou que a meta de primário para este ano tem uma margem de tolerância de 0,25 ponto porcentual para déficit e afirmou que o resultado ficará dentro da banda.
Estadão Conteúdo
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Como contrapartida, o governo federal propôs que fossem feitos investimentos em áreas tratadas como fundamentais, prioritariamente o ensino médio técnico. A proposta segue para a Câmara dos Deputados.
A Medida Provisória 1.248 aloca R$ 1,4 bilhão para recuperação do estado que ficou devastado após fortes chuvas em maio deste ano.
O ministro afirmou, ainda, que todos os procedimentos foram realizados no âmbito de investigações já existentes, principalmente nos inquéritos das fake news e das milícias digitais.
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