João Campos e Fred Amâncio. Foto: Divulgação
O relatório do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), divulgado por Tácio Lorran, colunista do Metrópoles, apontou que o secretário de Educação do Recife, Fred Amâncio, é um dos responsabilizados pelo superfaturamento de livros.
De acordo com a notícias divulgada pelo Metrópoles nesta segunda-feira, 24 de março, a Prefeitura de Recife, comandada por João Campos (PSB), comprou livros para professores no valor de R$ 1.690 a unidade. No total, o sobrepreço é de mais de R$ 3,3 milhões em 2023 e em 2024 em relação a material destinado aos docentes e a licenças de uso de metodologia.
Vale destacar que Fred Amâncio pediu demissão na semana passada, sob a justificativa de que aceitou um convite para integrar uma instituição do terceiro setor que atua na área da educação.
Porém, os bastidores também atribuem a saída de Fred da gestão atual por uma crise devido a denúncias feitas por vereadores sobre creches e rede educacional.
Além de Fred Amâncio, os secretários-executivos, os chefes de Divisão, as equipes técnicas e a Mind Lab também foram responsabilizados pelo superfaturamento.
“Ainda que se trate de uma obra intelectual, nota-se fora de qualquer razoabilidade o valor de R$ 3.380,00 para os dois livros de professor (se excluído o custo do material do aluno), enquanto que os dois livros do aluno, o livro da família e o kit de jogos totalizam R$ 58,00 (este sim, compatíveis com kits semelhantes do mercado). Destaca-se que eventual alegação de economia de escala não justificaria tamanha discrepância dos referidos preços”, destaca o relatório do TCE, obtido pela coluna do Metrópoles.
A Prefeitura de Recife, comandada por João Campos (PSB-PE), comprou livros superfaturados para professores ao custo de R$ 1.690 a unidade. As informações são de Tácio Lorran, colunista do Metrópoles.
Ao todo, o sobrepreço verificado pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) é de mais de R$ 3,3 milhões em 2023 e em 2024 em relação a material destinado aos docentes e a licenças de uso de metodologia.
Enquanto o kit do aluno comprado por João Campos custa R$ 58 a unidade, o do docente chega a R$ 3.438 cada, cerca de 60 vezes maior, apesar de serem bastante semelhantes.
O relatório do TCE propõe a responsabilização do então secretário de Educação de Recife, Fred Amâncio – que pediu demissão na última semana em meio ao escândalo das creches –, dos secretários-executivos, dos chefes de Divisão, das equipes técnicas e da Mind Lab. Também pede multa à empresa de R$ 1,6 milhão.
O kit dos estudantes comprado pela gestão de João Campos inclui três livros, uma jogateca (kit de jogos) e uma caixa. O segundo, por sua vez, conta com cinco livros e uma jogateca. Como são 300 kits didáticos, o superfaturamento alcança R$ 996 mil por ano.
Já as licenças de uso de alunos custam R$ 189, ao passo em que a de professores é de R$ 2.602. Somando, o material didático dos docentes alcança R$ 6.040, um aumento de 1.000%. O superfaturamento é de R$ 667,2 mil em um ano.
Da redação do Portal com informações do Metrópoles
Em contato com a reportagem do Portal de Prefeitura, a Prefeitura do Recife se posicionou sobre o assunto (veja nota abaixo).
“A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação, nega veementemente a suposta denúncia. A gestão esclarece que o relatório não passa de documento preliminar, ainda não julgado. A Secretaria de Educação discorda das conclusões do relatório e já apresentou defesa e recurso, que ainda serão apreciados pelo Conselheiro relator e, só então, seguirão para apreciação da Turma de Julgamento. Portanto, não há decisão final sobre o caso.
A pasta reforça o compromisso com a legalidade dos processos e com o trabalho voltado para a aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes. O Programa Mente Inovadora vem sendo realizado na rede de ensino há mais de 10 anos e vem contribuindo para melhorias dos resultados de matemática, especialmente no desenvolvimento de raciocínio lógico, e no desenvolvimento de competências sociais emocionais dos estudantes.”
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