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Exército venezuelano mobiliza 150 mil militares, 159 navios e 250 tanques em exercício

O governo de Maduro ainda afirmou que essa mobilização reflete a resposta a ameaças internas e externas, como possíveis "planos golpistas".

24 de janeiro de 2025 às 18:21   - Atualizado às 18:48

Nicolás Maduro participou da abertura dos exercícios e destacou importância da defesa territorial -

Nicolás Maduro participou da abertura dos exercícios e destacou importância da defesa territorial - Prensa Presidencial

Em janeiro de 2025, a Venezuela voltou a fechar sua fronteira com o Brasil, posicionando veículos blindados, tropas militares e equipamentos pesados na região, em um movimento classificado pelo governo de Nicolás Maduro como uma “medida de segurança”. A justificativa apresentada para essa ação foi a realização do exercício militar “Escudo Bolivariano”, uma manobra de grande escala que envolve forças armadas e é promovida anualmente nas áreas de fronteira do país.

Este exercício, que em 2025 chega à sua 10ª edição, mobiliza cerca de 150 mil militares, 159 navios, 50 aviões e 250 veículos militares, incluindo tanques e artilharia pesada. O general Domingo Hernandes Lares, responsável pelas manobras, destacou que o "Escudo Bolivariano" é mais do que um simples treinamento, sendo uma operação integrada com forças populares e policiais. O governo de Maduro ainda afirmou que essa mobilização reflete a resposta a ameaças internas e externas, como possíveis “planos golpistas” articulados pela oposição e por potências estrangeiras.

Essa movimentação ocorre em um momento de instabilidade regional e aumenta as tensões na fronteira Brasil-Venezuela. O Brasil, por sua vez, já se prepara para realizar seu próprio exercício militar em Roraima, que será o maior treinamento das Forças Armadas do país em 2025. O objetivo é reforçar a presença na região e demonstrar capacidade de reação diante das movimentações venezuelanas, com a ampliação do efetivo militar em Roraima nos últimos anos.

A crescente tensão também coincide com o cenário político no Brasil, onde as próximas eleições presidenciais de 2026 podem intensificar o isolamento diplomático de Maduro na América Latina, caso o Brasil se alinhe mais estreitamente aos Estados Unidos.

LULA diz que Nicolás MADURO é 'problema da VENEZUELA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfrentou críticas por sua postura em relação às eleições na Venezuela, cuja vitória de Nicolás Maduro foi declarada pelo órgão eleitoral do país — ligado ao governo. 

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A falta de apresentação das atas de votação levantou suspeitas de fraude no pleito, e Maduro chegou a acusar, sem provas, o Brasil de conspirar contra a Venezuela. Em razão de suas atitudes no processo eleitoral, Lula já classificou Maduro como “extremista.”

Em entrevista concedida à RedeTV! e exibida no domingo, 10 de novembro, Lula se distanciou das questões internas da Venezuela.

“Eu acho que o Maduro é um problema da Venezuela, não um problema do Brasil.”

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