25 de outubro de 2024 às 09:18 - Atualizado às 09:57
Deputado Gustavo Gayer, de Goiás, é alvo de operação da PF por desvio de cota parlamentar. Foto: Divulgação.
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 25 de outubro, a Operação Discalculia, investigando o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e assessores por desvio de cota parlamentar e falsificação de documentos na criação de uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).
Aproximadamente 60 policiais cumpriram 19 mandados de busca, expedidos pelo STF, em Brasília, Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Aparecida de Goiânia e Goiânia, incluindo a casa de Gayer e seu gabinete.
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Após a operação, Gayer divulgou um vídeo responsabilizando o ministro do STF Alexandre de Moraes pela busca e chamou a PF de “jagunço de ditador.” Ele criticou a apreensão de seu celular e HD, afirmando que a operação visaria prejudicar a candidatura de seu aliado Fred Rodrigues, a apenas dois dias das eleições.
“Esse é o Brasil que a gente tá vivendo agora, é surreal o que estamos vivendo. Onde isso vai parar? Vieram à minha casa, levaram meu celular, HD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país. Eu não sei por que estou sofrendo busca e apreensão, numa sexta-feira, dois dias antes das eleições, claramente tentando prejudicar o meu candidato Fred Rodrigues”, reclamou Gayer, no vídeo. “Eu falei para a PF que estava aqui: ‘Não estou acreditando que essa corporação que a gente tanto admirou, que a gente tanto tentou proteger, hoje viraram jagunços de um ditador’. Sinceramente, esse é o momento que a gente começa a perder a esperança mesmo”, completou.
A operação investiga possíveis crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos e peculato-desvio. O nome "Discalculia" faz referência à falsificação da data de constituição da Oscip, de 2003, quando os membros listados ainda eram crianças.
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