Servidor dos Correios. Foto: Divulgação/Correios
O prejuízo dos Correios no primeiro semestre de 2025 chegou à marca de R$ 1,72 bilhão, um aumento de 115% em relação ao mesmo período de 2024, quando as perdas foram de R$ 801 milhões. Os números, divulgados no balanço contábil da estatal no fim de junho, escancaram uma das fases mais críticas da empresa pública, que enfrenta uma crise financeira e de gestão sem precedentes.
A nova perda se soma ao prejuízo dos Correios de R$ 2,6 bilhões registrado em 2024, o maior desde 2016. Juntas, essas cifras tornam insustentável a atual estrutura da estatal, que viu sua receita despencar de R$ 4,5 bilhões para R$ 3,9 bilhões, ao mesmo tempo em que as despesas operacionais e administrativas aumentaram significativamente.
A crise não é apenas numérica. Os impactos já chegaram aos trabalhadores, com cortes de jornada, suspensão de benefícios e a ampliação do Programa de Demissão Voluntária (PDV), em vigor desde o ano passado. A direção da empresa, por sua vez, promete um plano de ajuste que inclui a criação de um marketplace, enxugamento da folha e mudanças na gestão logística.
A dimensão do prejuízo dos Correios também acelerou movimentações políticas. O presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, entregou carta de demissão ao Palácio do Planalto na última sexta-feira (4), alegando pressão política de aliados do governo e desgaste interno. A expectativa é que o comando da empresa seja repassado ao União Brasil, que já controla o Ministério das Comunicações.
Especialistas apontam que o prejuízo dos Correios reflete uma combinação de fatores: perda de competitividade frente ao setor privado, burocracia interna, queda no volume de encomendas e erros estratégicos. Além disso, medidas como a “taxa das blusinhas”, aplicada sobre compras internacionais, teriam contribuído para a retração nas receitas.
Para analistas, a reversão do cenário exigirá não apenas gestão técnica e corte de gastos, mas também um reposicionamento da empresa no mercado de logística e entregas, onde gigantes como Mercado Livre, Amazon e transportadoras privadas dominam.
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