Recife tem mais quatro novos casos por suspeita de intoxicação por metanol Foto: Divulgação
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informa que, neste domingo, 12 de outubro, foram notificados mais quatro novos casos suspeitos de intoxicação por metanol associado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. As novas notificações ocorreram nos municípios de Serra Talhada, Jaboatão dos Guararapes, Mirandiba e Salgueiro.
Além disso, um dos óbitos anteriormente registrados em Olinda foi descartado após resultado laboratorial emitido pelo Instituto de Criminalística (IC). Com isso, o Estado totaliza 18 casos descartados.
O Estado totaliza, até o momento, 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol, sendo três pacientes residentes de outros estados (São Paulo – 2 e Alagoas – 1).
Do quantitativo de residentes no estado (45 casos), sete pacientes estão em acompanhamento em serviços de saúde, 25 já receberam alta hospitalar, desses, 10 foram descartados (Carpina, Gravatá, Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Serrita, Recife, João Alfredo, Olinda, Serrita e Jupi). Outro caso foi descartado no município de Mirandiba; o paciente segue internado por outras causas. Seis óbitos foram registrados (Lajedo – 2, Surubim – 1, Olinda – 1, João Alfredo – 1, Paudalho – 1, sendo os três últimos descartados) e, por fim, seis pacientes evadiram-se, abandonando o tratamento por conta própria, sendo um destes descartado.
Com os recentes casos suspeitos de intoxicação por metanol em Pernambuco, a Secretaria de Defesa Social (SDS) reforça à população a importância de cuidados básicos na hora de adquirir bebidas alcoólicas e esclarece o papel do Instituto de Medicina Legal (IML) nas investigações desses episódios.
De acordo com o médico legista do IML, Mauro Catunda, a perícia é fundamental para confirmar ou descartar a presença da substância nas vítimas.
“Nos casos de suspeita de intoxicação, realizamos a necropsia e coletamos amostras biológicas que são encaminhadas para análise laboratorial. Só após essa confirmação é possível atestar se houve, de fato, ingestão da substância”, explicou.
O profissional destacou ainda que apenas os achados macroscópicos no exame não são conclusivos. Segundo ele, resultados como inchaço interno e necrose em órgãos podem aparecer, mas não são suficientes para dar um diagnóstico definitivo.
“O que dá certeza é a análise laboratorial em conjunto com a história clínica da vítima”, completou.
O metanol é uma substância tóxica, de uso industrial, que não pode ser consumida por humanos. A presença desse produto em bebidas alcoólicas é resultado de adulteração e oferece sérios riscos à saúde, podendo causar intoxicações graves, cegueira e até a morte.
Nesse contexto, a SDS orienta que os consumidores redobrem a atenção na hora da compra. É importante observar se o lacre da garrafa está intacto, se o selo fiscal está presente e se o rótulo apresenta impressão regular, sem falhas ou desalinhamentos.
As tampas também podem dar sinais de adulteração: marcas originais costumam ter logomarcas bem centralizadas e alinhadas, enquanto garrafas reutilizadas podem apresentar figuras tortas ou desalinhadas. Outra orientação é desconfiar de preços muito abaixo do valor de mercado e evitar a aquisição de bebidas em vendedores informais ou a partir de compras digitais.
Segundo o perito criminal da Polícia Científica de Pernambuco (POLITEC-PE), Rafael de Arruda, não há motivo para pânico, mas sim para cautela e atenção.
“A população não precisa entrar em desespero. Basta avaliar se o produto atende aos padrões de sempre. Se houver dúvida sobre a procedência, o mais seguro é não consumir”, destacou.
Ele também destacou a importância de procurar atendimento médico imediato quando os sintomas persistirem ou se agravarem após cerca de 12 a 24 horas da ingestão da bebida alcoólica, especialmente se forem mais intensos do que os de uma ressaca comum.
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