11 de fevereiro de 2025 às 22:26 - Atualizado às 22:42
Vereadores da cidade do Recife Imagem: Arte/Portal de Prefeitura
A Câmara Municipal do Recife, debateu na segunda-feira, 10 de fevereiro, através do requerimento número 108/2025, de autoria do vereador Gilson Filho (PL), a remoção dos radares das principais avenidas do Recife, denunciando que a fiscalização eletrônica tem se tornado um mecanismo de arrecadação que prejudica os motoristas da cidade.
O pedido não foi aprovado em votação no plenário, tendo recebido 25 votos contrários e cinco favoráveis. O assunto gerou debate na tribuna e apartes entre os parlamentares.
O autor da proposta, Gilson Machado Filho, afirmou que o seu objetivo com o requerimento é direcionar o foco da questão para a educação dos condutores. Afirmando haver uma “indústria das multas” no Recife, o parlamentar cobrou melhorias na sinalização de tráfego e defendeu, por exemplo, que guardas abordem os motoristas que dirigem em alta velocidade para saber o motivo do excesso antes de aplicar multas.
Para o vereador Luiz Eustáquio (PSB), primeiro a levantar a temática, o pedido do requerimento é muito estranho.
“É muito estranho isso [o requerimento]. A lombada está lá para fiscalizar o infrator, e a gente vai ser contra fiscalizar o infrator? Onde é que isso vai parar? Quando a gente reduz a velocidade, a gente preserva a vida das pessoas. O nosso papel, aqui, é que o trânsito mate as pessoas ou que se tenha segurança para as pessoas?”, questionou.
Em aparte, a vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) afirmou que “quando o vereador propõe um requerimento desse, ele vai estar única e exclusivamente beneficiando os que têm carro e que têm grana, porque os trabalhadores e trabalhadoras que andam a pé são os que mais sofrem acidentes no trânsito”.
Já o vereador Eduardo Moura (Novo) enfatizou que o requerimento do vereador Gilson Machado Filho se refere à ‘indústria de multas’ dos radares no Recife.
“O requerimento não fala sobre as condições de ruas, de calçadas e de falta de ciclovias e ciclofaixas. Todos os discursos que foram colocados contra a proposição trouxeram a necessidade de uma segurança maior para pedestres e para ciclistas. Eu concordo totalmente e nós, dessa Casa, deveríamos cobrar a Prefeitura para que seja feito isso", afirmou.
O requerimento de Gilson Filho obteve voto favorável apenas da banda de oposição presente na votação. Pela proposta, os vereadores que votaram sim, foram Felipe Alecrim (Novo), Eduardo Moura (Novo), Thiago Medina (PL) e Alef Collins (PP).
Votos contra:
Natalia de Menudo (PSB)
Liana Cirne (PT)
Aderaldo Pinto (PSB)
Carlos Muniz (PSB)
Samuel Salazar (MDB)
Rinaldo Junior (PSB)
Eduardo Mota (PSB)
Agora é Rubem (PSB)
Chico Kiko (PSB)
Flávia de Nadegi (PV)
Luiz Eustáquio (PSB)
Júnior de Cleto (PSB)
Hélio Guabiraba (PSB)
Wilton Brito (PSB)
Tadeu Calheiros (MDB)
Zé Neto (PSB)
Professora Ana Lúcia (Republicanos)
Osmar Ricardo (PT)
Eriberto Rafael (PSB)
Cida Pedrosa (PCdoB)
Fabiano Ferraz (MDB)
Kari Santos (PT)
Alcides Teixeira Neto (Avante)
Jô Cavalcanti (PSOL)
Gilberto Alves (PRD)
Ausentes:
Davi Muniz (PSD), Felipe Francismar (PSB), Junior Bocão (PSD), Paulo Muniz (PL), Rodrigo Coutinho (Republicanos) e Fred Ferreira (PL).
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A movimentação diária das vagas ressalta a importância de manter o acompanhamento frequente, uma vez que as opções estão sujeitas a alterações ao longo do dia.
Mesmo sem pancadas intensas, o local já apresenta pontos de acúmulo de água, dificultando a passagem de veículos e pedestres.
Durante a visita ao local, o vereador registrou imagens da situação atual da rua e destacou o descumprimento do cronograma.
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