Pitbulls atacam irmãos de 2 e 18 anos no Recife. Foto: Divulgação
Na terça-feira, 18 de março, dois cães da raça pitbull atacaram dois irmãos dentro de casa, na comunidade Sapo Nu, no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife.
O ataque deixou uma criança de 2 anos gravemente ferida. O menino precisou passar por cirurgia no Hospital da Restauração, no Derby. O irmão mais velho, de 18 anos, também sofreu ferimentos, mas recebeu atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e foi liberado.
O tutor dos cães, identificado como Severino Tertuliano Xavier, de 76 anos, foi detido pela Polícia Militar e encaminhado à Central de Plantões da Capital, na Zona Norte da cidade. Após prestar depoimento, ele foi liberado e vai responder pelo caso em liberdade.
Testemunhas contaram que os dois pitbulls entraram na residência onde estavam Ícaro Miguel, de 2 anos, e Kauã Victor, de 18 anos. Os cães avançaram sobre a criança e a arrastaram para fora da casa. O irmão mais velho tentou impedir o ataque, mas também foi mordido pelos animais.
“Quando eu saí do quarto, ele já estava na cozinha. O cachorro entrou e arrastou ele para fora. Meu irmão gritava desesperado. Todo mundo está mal. Quase que ele perde uma perna”, relatou Kauã Victor Avelino de Barros, irmão da criança atacada.
Vizinhos ajudaram a afastar os animais e socorreram as vítimas. O menino foi levado ao Hospital da Restauração, onde passou por cirurgia e segue internado. O hospital informou que o estado de saúde dele é estável e que a equipe de pediatria acompanha o caso.
O pai das vítimas, Josué Alves de Lima Filho, acusou Severino Xavier de não prestar socorro ao filho. Segundo ele, o tutor recolheu os cães para dentro do ferro-velho e se trancou no local.
“Os cachorros estavam cheios de sangue do meu filho. E o que o dono fez? Botou os cachorros para dentro e se trancou com eles. Não fez nada, não foi socorrer, não viu se meu filho estava bem, só entrou e se escondeu”, afirmou Josué Alves.
O tutor dos pitbulls se defendeu e disse que não soltou os animais. Segundo ele, alguém abriu os portões do ferro-velho, permitindo que os cães fugissem.
O idoso afirmou que estava chegando ao local com ração para alimentar os cachorros quando percebeu que eles não estavam mais lá. Ele também declarou que entrou em contato com os pais das vítimas para oferecer ajuda, mas não voltou ao ferro-velho por medo de represálias dos moradores.
A Polícia Civil (PCPE) abriu um inquérito para investigar as circunstâncias do ataque. O caso foi registrado como “outras lesões corporais”. Em nota, a corporação informou que as diligências continuam para esclarecer os detalhes do ocorrido.
A Polícia Militar (PMPE) reforçou que o tutor dos cães se apresentou espontaneamente ao efetivo do 12º Batalhão após o ataque. Após ser conduzido à delegacia, ele prestou depoimento e foi liberado.
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