Alcides Cardoso: 'O povo tem que saber onde está sendo usado o dinheiro das multas de trânsito'

O vereador Alcides Cardoso (PL), durante uma entrevista ao Portal de Prefeitura na quarta-feira, 11 de setembro, fez duras críticas à falta de transparência da Prefeitura do Recife em relação ao uso dos recursos arrecadados com multas de trânsito.

O é líder da oposição destacou a necessidade de maior clareza sobre o destino do dinheiro recebido por infrações. De acordo com o parlamentar, somente no ano passado, a Prefeitura do Recife arrecadou quase R$ 100 milhões com multas de trânsito.

Alcides Cardoso também mencionou um projeto de lei que está em tramitação e que visa justamente regulamentar essa questão, obrigando o Executivo municipal a informar de maneira mais clara e objetiva a destinação dos recursos arrecadados por multas de trânsito.

"Ano passado, se não me engano, foram quase R$ 100 milhões arrecadados de multa. [A prefeitura] tem que dizer para onde o dinheiro está sendo destinado. Os dados têm que está lá no Portal da Transparência. A lei que está tramitando é sobre isso. O povo tem que saber como o dinheiro está sendo gasto", declarou.

Armamento da Guarda Municipal

O vereador Alcides Cardoso falou sobre o armamento da Guarda Municipal. O parlamentar, que é autor do projeto de lei que visa armar a Guarda, destacou que as armas destinadas aos guardas municipais já foram adquiridas, mas que o processo de treinamento e armamento dos agentes ainda não começou.

"São 1.800 homens a mais que podem estar armados na cidade para defender a gente. A Prefeitura [do Recife] tem essa parcela de responsabilidade e ela não está cumprindo. Inclusive, só fez diminuir o efetivo da Guarda Municipal. As armas já estão compradas. Só falta treinar e armar, pois não adianta armar de todo jeito", declarou o vereador.

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O vereador também criticou o uso de armas de choque, como o taser, que atualmente são utilizadas por alguns agentes da Guarda Municipal. O parlamentar questionou a eficácia desses equipamentos em confrontos com criminosos armados, argumentando que, em situações de risco extremo, o uso do taser pode não ser suficiente para garantir a segurança dos guardas e da população.

"Hoje, alguns guardas estão andando com taser. Se chegar alguma pessoa com uma arma, o guarda vai usar o taser? A vida dele não é de vídeo game. Ele não vai arriscar morrer. Ele vai ficar quieto e chamar a Polícia. Uma Guarda treinada e armada, ela vai agir em defesa do cidadão recifense", concluiu.