A Polícia Civil finalizou as duas últimas investigações sobre acusações de violência sexual contra o empresário Rodrigo Dib Carvalheira, de 34 anos. Em um dos casos, ele foi formalmente acusado de estupro de vulnerável.
O outro delito pelo qual era investigado prescreveu, contudo, a polícia determinou que também ocorreu estupro de vulnerável. Esses incidentes ocorreram em 2005 e 2019.
As acusações recentes foram recebidas em abril pela Delegacia da Mulher, situada no bairro Santo Amaro, centro do Recife. Os inquéritos foram encaminhados na quarta-feira (29) ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
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Adicionalmente, o empresário já respondia a outras três acusações anteriores. Em 17 de abril, o MPPE apresentou uma denúncia contra ele em um desses casos. A Justiça aceitou a denúncia, e Carvalheira tornou-se réu.
Nestes processos, ele foi acusado de estupro de vulnerável. As vítimas, amigas do empresário, relataram ter sido abusadas durante momentos de lazer.
A situação ganhou notoriedade em 11 de abril, quando a prisão preventiva de Carvalheira foi ordenada pela Justiça.
Ele ficou detido por seis dias no Centro de Triagem e Observação Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, região metropolitana do Recife, sendo liberado posteriormente com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
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A prisão preventiva teve como objetivo prevenir interferências nas investigações. A autorização para a prisão veio após a interceptação de uma ligação telefônica entre ele e a delegada Natasha Dolci, amiga do empresário, discutindo o progresso das investigações.
Conforme o mandado judicial, na conversa, a delegada questionou se Rodrigo havia conseguido remover o inquérito da Delegacia da Mulher de Santo Amaro, ao que ele respondeu que “ainda não mexeu”. Ela advertiu que ele estava “demorando muito”.
Em outra parte da conversa, a delegada expressou preocupação da polícia em “intervir na investigação” devido à influência de Rodrigo, descrito como “uma pessoa de grande influência”.
A delegada no entanto negou as acusações e disse que é vítima de perseguição.
“Rodrigo, em momento nenhum, tentou atrapalhar as investigações. E também isso é mais um capítulo de perseguição contra mim, que eu já sofro há cinco anos, tanto que eu já fui transferida 14 vezes, e há muito tempo eles estão tentando me demitir”, disse.
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Por meio de nota, a defesa do empresário reitera a “completa inocência” de Carvalheira e que as acusações “baseiam-se unicamente em declarações das supostas vítimas” e não possuem “fundamentação sólida”.