A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Caio Henrique Comossato, acusado de aplicar golpes contra mulheres que conhecia em aplicativos de relacionamento.

Pelo menos 11 mulheres já haviam caído em supostos golpes financeiros aplicados pelo suspeito com prejuízos que ultrapassam R$1,6 milhão.

Comossato foi preso em um restaurante em Jacarepaguá, zona oeste da capital, no dia 22 de março.

Continua após a publicidade:

Na ocasião, ele acreditava que iria se encontrar com uma potencial vítima que havia conhecido por aplicativos.

O compromisso, no entanto, havia sido marcado através de um perfil fake, criado por mulheres que já haviam sido extorquidas anteriormente.

Segundo a Polícia Civil, o acusado se apresentava com diferentes sobrenomes e fingia ser empresário, produtor musical e agropecuarista para impressionar mulheres.

O homem buscava criar vínculos com as vítimas se mantendo presente e até mesmo apresentando as mulheres para integrantes de sua família.

Quando conquistava a confiança, o acusado solicitava empréstimos de quantias em dinheiro.

Continua após a publicidade:

Em mensagens divulgadas pelo Fantástico, da TV Globo, o acusado diz a uma das vítimas que está passando por problemas financeiros após o falecimento do avô, uma tentativa de sensibilizar a vítima.

Tayara Banharo emprestou cerca de R$1 mil ao acusado que teve uma atitude suspeita durante uma internação hospitalar da mulher.

A vítima descobriu que se tratava de um golpe após ter acesso a reportagens que denunciavam o homem e então buscou pessoas que também haviam passado pela mesma situação.

Continua após a publicidade:

Com a supervisão da polícia, as mulheres mantiveram conversas com Comossato através de um perfil fake e aguardaram a expedição do mandato de prisão para marcar o encontro que terminou na apreensão do suspeito.

Ao Estadão, a advogada de defesa, Thais Cremasco, afirma que a prisão não tem fundamento.

Segundo Fábio Souza, delegado da Polícia Civil, Comossato pode ser condenado a cinco anos de detenção, tempo que pode ser estendido com o registro de novas vítimas.

Estadão Conteúdo