Navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón chegando no litoral nordestino Brasileiro Foto: Divulgação / IA
"Quem descobriu o Brasil foi Pizon". A frase, repetida com orgulho por muitos pernambucanos, pode parecer uma provocação à história oficial ensinada nas escolas. Mas, por trás do dito popular, existe um pano de fundo histórico que dá certa sustentação à dúvida: o navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón realmente chegou à costa brasileira antes de Pedro Álvares Cabral, em janeiro de 1500. E isso tem despertado debates sobre o papel do Nordeste no “descobrimento” do Brasil.
Segundo relatos históricos e documentos espanhóis, Pinzón — que participou da expedição de Cristóvão Colombo — aportou no litoral nordestino no dia 26 de janeiro de 1500, cerca de três meses antes da esquadra portuguesa liderada por Cabral chegar à Bahia. Alguns registros indicam que ele teria desembarcado em locais como o Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco) ou na região que hoje compreende o Ceará.
Esse episódio, embora verídico, não garantiu ao navegador espanhol o título de “descobridor oficial do Brasil”. O principal motivo foi o Tratado de Tordesilhas (1494), que delimitava os territórios recém-descobertos entre Portugal e Espanha. Como a área onde Pinzón desembarcou estava dentro da zona portuguesa, a expedição espanhola foi considerada inválida para fins de colonização.
Ainda assim, a narrativa de que “quem descobriu o Brasil foi Pizon” permanece viva, especialmente em Pernambuco, como uma maneira simbólica de valorizar o papel do Nordeste na história do país. Nas salas de aula, a história de Vicente Pinzón é contada por muitos professores como um capítulo pouco lembrado, mas importante para refletir sobre as múltiplas versões da história nacional.
Além disso, o uso popular da frase revela um sentimento de protagonismo regional, que busca romper com a centralização das narrativas históricas no eixo sul-sudeste do país. Para muitos pernambucanos, reconhecer Pinzón como o primeiro europeu a chegar ao Brasil reforça o valor histórico e cultural do estado.
Afinal, quem descobriu o Brasil foi Pizon? Oficialmente, ainda é Pedro Álvares Cabral quem leva esse crédito nos livros didáticos. Mas, à medida que novos olhares são lançados sobre o passado e fontes alternativas ganham voz, essa expressão deixa de ser apenas um folclore e passa a ser um convite à reflexão sobre quem conta — e como se conta — a história do Brasil.
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