05 de dezembro de 2024 às 19:30 - Atualizado às 19:31
Parque Mirabilandia Foto: Divulgação
O parque de diversões Mirabilandia anunciou que não abrirá uma nova unidade em Paulista, no Grande Recife, após o fechamento de sua operação no Centro de Convenções, em Olinda. O encerramento das atividades na atual sede está marcado para 2 de fevereiro de 2025.
O anúncio ocorreu cerca de 10 meses após a morte da professora Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos. O parque, que estava em funcionamento no estado desde 2002, operará até dia 2 de fevereiro de 2025.
A decisão foi tomada após o fim do contrato de aluguel do terreno onde o parque opera, de propriedade da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur).
O espaço foi solicitado pela administração do Centro de Convenções, gerido pelo Consórcio CID Convenções Pernambuco SPE S/A, para dar lugar a novas obras e investimentos no local.
Após a notificação para desocupar a área, o Mirabilandia chegou a estudar alternativas, incluindo a transferência para outro município, como Paulista. No entanto, a administração descartou a ideia.
"Não há qualquer projeto em andamento no momento para a abertura de um novo parque em Pernambuco. Após o encerramento das operações em 2 de fevereiro, iniciaremos o plano de desmobilização, com conclusão prevista para 22 de maio de 2025", informou a empresa em nota.
Com a saída do Mirabilandia, o Centro de Convenções passará por uma série de obras de requalificação a partir de 2025. Entre as melhorias está a instalação de uma usina fotovoltaica, com placas solares cobrindo 14 mil m², ao custo estimado de R$ 8,5 milhões.
Além disso, o espaço receberá novos sistemas de ar-condicionado no pavilhão de feiras, em um investimento de R$ 6,5 milhões.
Os banheiros do mezanino serão reformados para atender às normas de acessibilidade e uma copa será equipada com estrutura de cozinha industrial, ampliando a oferta de serviços para restaurantes e praças de alimentação.
Nos últimos meses, o Mirabilândia foi palco de diversos acidentes que repercutiram nacionalmente. O caso mais grave ocorreu em setembro de 2023, quando a professora Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, foi lançada do brinquedo “Wave Swinger”. Ela passou por dez cirurgias reparadoras, incluindo duas no cérebro, mas não resistiu aos danos.
O episódio gerou uma batalha judicial entre a família da professora e o parque, com pedidos para que a empresa arcasse com os custos da internação de Dávine.
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