A lei foi criada em 2015 com o objetivo claro de proteger os animais do sofrimento e maus-tratos, além de modernizar o trânsito e os serviços urbanos da cidade.
Prefeito João Campos e Carroceiros Foto Montagem/Portal de Prefeitura
Apesar da existência da Lei Municipal nº 18.113/2015, que proíbe o uso de veículos de tração animal no Recife, dezenas de carroças puxadas por cavalos continuam circulando diariamente pelas ruas da capital pernambucana. O descumprimento dessa legislação é agravado pela falta de fiscalização efetiva da Prefeitura do Recife, que até o momento não conseguiu coibir essa prática que contraria a legislação vigente.
A lei foi criada com o objetivo claro de proteger os animais do sofrimento e maus-tratos, além de modernizar o trânsito e os serviços urbanos da cidade. No entanto, a circulação irregular de carroças com cavalos expõe os animais a jornadas extenuantes, alimentação inadequada e condições precárias de trabalho, questões que a legislação tenta evitar.
Entidades de proteção animal e ambientalistas vêm denunciando essa situação há anos, destacando que a ausência da fiscalização municipal incentiva o uso ilegal desses veículos. A Prefeitura do Recife, responsável pela fiscalização e aplicação da lei, tem sido criticada pela demora e insuficiência das ações para coibir a prática.
Além da questão do bem-estar animal, a circulação dos veículos de tração animal também representa um risco à segurança no trânsito, uma vez que as carroças são mais lentas e vulneráveis, aumentando a chance de acidentes.
Especialistas afirmam que o debate sobre o futuro dos carroceiros é necessário e legítimo, mas deve focar em soluções sustentáveis e legais, como a inclusão social e a oferta de alternativas de trabalho dignas para esses trabalhadores. Reabrir o uso de animais para tração no Recife é um retrocesso que ignora avanços importantes conquistados em proteção animal e urbanização.
Para que a lei seja respeitada de fato, é fundamental que a Prefeitura do Recife intensifique a fiscalização nas ruas e promova políticas públicas eficazes que garantam o fim da circulação de veículos de tração animal na cidade.
A capital alagoana Maceió vem ganhando destaque entre as capitais do Nordeste por seu programa inovador que substitui as tradicionais carroças de tração animal por triciclos elétricos, uma iniciativa que une sustentabilidade, proteção aos animais e inclusão social. Enquanto isso, cidades vizinhas como Recife ainda enfrentam críticas por manterem a utilização das carroças, consideradas por muitos como práticas ultrapassadas e cruéis.
O programa implementado pela Prefeitura de Maceió visa não apenas eliminar o uso das carroças, mas também oferecer aos carroceiros uma alternativa digna e moderna para o transporte de cargas leves, com triciclos elétricos que garantem maior agilidade, segurança e respeito aos animais. Segundo dados da administração municipal, já foram entregues centenas desses veículos, beneficiando diretamente famílias que dependem da atividade.
Além do aspecto social, a substituição também atende às crescentes demandas por políticas públicas que promovam o bem-estar animal. “Maceió dá um exemplo claro para toda a região Nordeste, mostrando que é possível modernizar o transporte popular e proteger os animais que, durante décadas, foram explorados”, afirma o ativista pela causa animal Carlos Silva.
Em contrapartida, Recife, capital de Pernambuco, ainda é palco de debates intensos devido à permanência das carroças em suas ruas, prática que gera preocupações sobre maus-tratos e riscos no trânsito. Organizações de defesa dos animais têm cobrado ações mais efetivas do poder público recifense, que até o momento não anunciou um plano concreto para substituir as carroças por alternativas sustentáveis.
Especialistas ressaltam que a manutenção desse tipo de transporte nas grandes cidades nordestinas não apenas representa um atraso, mas também perpetua a exploração dos animais. Enquanto isso, Maceió avança e mostra que políticas públicas integradas podem transformar realidades.
2
3
01:28, 12 Jul
23
°c
Fonte: OpenWeather
No estande 587, localizado no corredor solidário, a ONG expõe peças produzidas na instituição.
A ação é mais uma das iniciativas para a mobilidade urbana na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Os novos dispositivos estão sendo utilizados por unidades especializadas: BOPE, da Polícia Militar, e as CORE e do Grupo de Operações Especiais (GOE).
mais notícias
+