Segundo reportagem do Jornal Nacional, empresas foram contratas com o intuito de enganar os idosos para que, de forma fraudulenta, autorizassem os descontos.
Fachada do INSS. Foto: Reprodução
Segundo uma testemunha-chave no caso das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer) adulterou documentos para retirar dinheiro de aposentados e pensionistas.
Segundo reportagem do Jornal Nacional veiculada na quinta-feira, 15 de maio, o empresário de Brasília, Bruno Deitos, afirmou em junho de 2021, durante depoimento à Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, que a sua empresa Premier Recursos Humanos foi contratada de forma terceirizada pela Target Pesquisas de Mercado - que por sua vez foi contratada pela Confer -, para fazer um serviço de atualização de cadastro de associados.
Segundo o empresário, o contrato estabelecia que a Premir atuaria no Distrito Federal, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Na ocasião, com uma lista de associados em mãos, os promotores de pesquisa recrutados pela empresa foram pessoalmente aos endereços fornecidos pela Conafer.
O objetivo inicial era colher assinaturas dos associados que, por ventura, quisessem a exclusão do desconto das mensalidades.
No entanto, ainda de acordo com a reportagem, o dono da Target, contratada pela Conafer, teria informado que apenas as assinaturas o interessavam e que uma outra empresa especializada em alteração de documentos em PDF seria contratada.
Esta empresa seria responsável, segundo o Jornal Nacional, para mudar os formulários de exclusão para formulários de adesão. O arquivo digital obtido a partir deste trabalho incluiria 28,7 mil fichas com assinaturas.
À polícia, Bruno disse que não recebeu pelo serviço e que chegou a ser ameaçado pelo irmão do presidente da Conafer, Tiago Ferreira Lopes.
A reportagem do Jornal Nacional destacou ainda que durante depoimento, o empresário afirmou que o presidente da Conafer teria comentado durante uma reunião que tinha "domínio sobre os direitos do INSS".
Os documentos que comprovariam as denúncias de Bruno foram enviados pela Polícia Civil à Polícia Federal (PF) e foram anexados ao inquérito que investiga as fraudes.
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