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O pastor Jorge, de 63 anos, também trabalhava como auxiliar administrativo em um escritório de advocacia no centro da cidade.
20 de junho de 2025 às 16:24 - Atualizado às 16:24
Pastor do Recife que desapareceu. Foto: Reprodução
A Polícia Civil de Pernambuco investiga o desaparecimento do pastor evangélico Jorge José Souza do Nascimento, de 63 anos, que sumiu após sair de casa na manhã da última segunda-feira, 16 de junho, no Recife. Jorge também trabalhava como auxiliar administrativo em um escritório de advocacia no centro da cidade.
Segundo a família, ele saiu por volta das 6h dizendo que iria ao trabalho. Antes disso, deixou uma mensagem de despedida para a esposa, informando que os cartões bancários estavam guardados dentro de um paletó, o que gerou preocupação sobre seu estado emocional.
No escritório, Jorge entregou sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) à secretária, o que foi considerado um gesto incomum. Em seguida, deixou uma caixa lacrada em uma lanchonete próxima, com instruções para que fosse entregue à esposa. Dentro da caixa, estava o celular do pastor.
A família teve acesso ao aparelho e encontrou mensagens de cobrança por dívidas atribuídas ao irmão de Jorge, que, segundo os filhos, estaria envolvido com agiotas.
“Peguei o celular do meu pai e encontrei duas cobranças de dívidas que não eram dele, mas do meu tio. Liguei para as pessoas que estavam cobrando e expliquei que meu pai não tinha nada a ver com isso. O problema era com o meu tio, totalmente irresponsável”, afirmou Deyvison Nascimento, um dos filhos.
A suspeita de que Jorge tenha sofrido algum tipo de pressão ou ameaça por conta das dívidas do irmão se tornou uma das linhas de investigação. A família também considera a possibilidade de que ele tenha se afastado para proteger os parentes.
No dia do desaparecimento, colegas de trabalho notaram um comportamento diferente.
“No trabalho, ele ficou repetindo duas vezes o mesmo hino da igreja, algo que nunca tinha feito. Depois disso, saiu e ninguém mais o viu”, relatou Deyvison.
O filho mais novo, Diego Nascimento, lamentou o distanciamento emocional do pai nos últimos tempos.
“A nossa maior angústia é pensar que ele pode ter se sentido sozinho, sem pedir ajuda, quando podia contar conosco”, disse.
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