Coluna de Edinazio Vieira. Foto: Portal de Prefeitura
O país tem o terceiro pior índice de saúde mental do mundo. A nação está descendo ladeira abaixo quando o quesito é saúde mental. Já somos campeões em ansiedade e temos 86% da população com algum tipo de transtorno mental. Uma nação de desequilibrados.
E qual é o projeto para a saúde mental desenvolvido para reduzir os danos? Será que o desenfreado número de formação de psicólogos e a avalanche de criação de faculdades de medicina resolverão o problema da sanidade mental dos brasileiros?
A resposta é não. Até nos países desenvolvidos, como o Japão e a Suíça, esses índices são crescentes. Parece-me que o desenvolvimento econômico e a ganância estão acima do bem-estar das pessoas. O humano passa a ser um produto que está em segundo plano nas nações. A economia e os lucros desenfreados permeiam o mundo dos magnatas e dos governantes. Estes estão mais preocupados com a tecnologia e a criação de humanoides, pois estes não cobram, não reclamam, não fazem protestos, nem revoluções.
Andamos nas ruas, nos shoppings, vamos aos cinemas, teatros, campos de futebol ou a qualquer outro lugar, e encontramos a maioria desses frequentadores estressados, fóbicos, com manias, depressivos e ansiosos. Além disso, uma grande parte é viciada em fármacos, consumindo as drogas fabricadas pelas indústrias farmacêuticas. São pessoas que buscam estímulos para comer, dormir, transar ou simplesmente se aquietar.
Vivemos num mundo adulterado e não sabemos como voltar para a realidade. O que me chama a atenção são certas categorias que acham que são excludentes, que pensam estar fora dessa estatística. Entretanto, são prisioneiras do sistema e mais psicóticas do que aqueles que sofrem de esquizofrenia, pois estes estão anestesiados, enquanto os "psicóticos" com verniz de psicopata são instrumentos dos donos do mundo.
Hoje, meia dúzia de magnatas ditam os cifrões, manipulam informações, criam doenças, fazem guerras e se deleitam com a loucura da maioria de um planeta doente e desequilibrado. A Terra sofre, as pedras clamam, o sol se revolta, as estrelas morrem e o humano agoniza, perdendo a cada dia sua consciência.
O desenvolvimento da tecnologia influenciou o comportamento humano e alterou seu formato biológico. Exemplos disso são a alimentação industrializada, o consumo excessivo, o ajustamento de horários e a substituição da circulação humana por automóveis e controles remotos. Isso retirou hábitos que estavam na estrutura biológica das pessoas desde o seu surgimento.
O humano deixou de usar as pernas para andar, antes montado em cavalos e carroças, hoje em veículos motorizados, aeronaves e foguetes. Deixou de usar os músculos, os braços e as pernas, buscando a dependência dos motores e dos artigos tecnológicos. A civilização engessou as pessoas em um certo comportamento padrão, cujo resultado é a dependência tecnológica. Usa-se menos o cérebro e os músculos e busca-se mais o auxílio das inovações tecnológicas.
Diante dessa exposição, é evidente que os humanos precisariam de décadas para que o cérebro processasse essas mudanças e provocasse suas adaptações estruturais e funcionais. Contudo, a revolução científica e tecnológica atropelou o cérebro humano. Ou seja, o comandante está sendo comandado; o criador tornou-se refém da intolerância e das loucuras dos "novos loucos" deste mundo.
Os loucos que foram produzidos no mundo e, nos países em desenvolvimento como o Brasil, são cobaias para meia dúzia de cientistas malucos produzirem uma nova raça. Somos filhotes da esquizofrenia instalada pela revolução tecnológica. A humanidade chegou ao topo da ignorância e da loucura.
A solução para esse jogo? Recomeçar tudo de novo, pois a ficção está goleando a realidade no jogo da vida.
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"O cérebro comanda as nossas ações, isso todos sabem. Entretanto, não somos seres irracionais e divergimos dos animais biologicamente em vários pontos", escreve o colunista.
O colunista é mestre em gestão, professor e consultor empresarial.
"Uma nação é constituída por alguns elementos, tais como língua, religião e população. Contudo, para que um país funcione, é necessário um governo, leis e território", escreve colunista.
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