04 de fevereiro de 2025 às 15:02 - Atualizado às 15:11
Colunista. Foto: Arte/Portal de Prefeitura
Uma nação é constituída por alguns elementos, tais como língua, religião e população. Contudo, para que um país funcione, é necessário um governo, leis e território. Até aqui, tudo bem. No entanto, é preciso dotar essa população de conceito, patriotismo, autoestima e equilíbrio mental.
Ao longo dos anos, a nação brasileira tornou-se socialmente desajustada, com o crescimento dos bolsões de miséria e o aumento da distância para alcançar uma educação de qualidade. Essa educação, que deveria ser uma prioridade do poder público, foi sucateada, marcada por péssima qualidade e escândalos de corrupção. Assim, surgiu a "indústria da educação", e o ensino deixou de ser uma prioridade do Estado. Isso abriu caminho para um sistema paralelo, que privilegia os mais afortunados e estabeleceu um abismo entre ricos e pobres. Os escândalos e a impunidade tornaram-se rotina nos noticiários, consolidando-se como uma realidade permanente. Tudo isso desviou a esperança de uma população que, outrora, bradava aos quatro ventos que éramos uma nação abençoada por Deus e a mais rica do mundo. Esse certo conceito narcisista, por mais lógico que fosse, foi se esvaziando. Em seu lugar, criou-se um verniz, um tapume, e a baixa autoestima tomou conta do povo, que hoje sofre com o fardo de ser parte da nação mais ansiosa do mundo.
Os atalhos percorridos pela população são vulneráveis. Sem acesso a um ensino de qualidade e a uma política social verdadeiramente voltada para os cidadãos, esse povo – bravo e humilde – carrega consigo diversos transtornos mentais adquiridos pelo sofrimento e pela discriminação social. Assim, muitos foram adotados por traficantes, milícias e grupos religiosos que passaram a desempenhar o papel do governo, mas de forma inversa: doutrinando e escravizando.
O caos foi estabelecido. Muita gente ainda não percebeu, pois está aprisionada aos antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos que alteram a consciência e limitam a cognição. Outros estão viciados em redes sociais, vivendo em um mundo paralelo. Enquanto isso, um pequeno percentual controla esse hospício: quem não está comandando a roda, está dentro dela. Ou dirigimos esse hospício, ou estamos nele como loucos.
Sair desse sanatório é possível. Basta mudar de hábitos e enxergar com lucidez, e não sob os delírios e alucinações provocados pelas drogas consumidas.
O verniz deve ser removido, ou continuaremos vivendo no modo Alice no País das Maravilhas.
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O contraste é gritante. Enquanto uma massa de brasileiros perde dinheiro, casas de aposta e celebridades influentes lucram somas exorbitantes.
O que antes era visto com orgulho, hoje é tratado como sinônimo de fracasso em vídeos de TikTok, memes e até em conversas dentro da sala de aula.
"Tem tantas situações de paranoia que certamente você, leitor, vai se encaixar em uma história dessas até o final do texto", diz colunista.
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