04 de dezembro de 2024 às 13:41 - Atualizado às 13:53
Colunista Foto: Arte/Portal de Prefeitura
Por Edinázio Vieira - Há anos venho pesquisando sobre demências e percebo que países com grandes índices de pobreza, analfabetismo, pouca prática de leitura e baixa escolaridade serão mais atingidos por esses distúrbios, como Alzheimer, Parkinson e transtornos mentais. O uso desenfreado de medicamentos, mesmo quando prescritos pela indústria médica, é uma realidade. Nesta década, os médicos não fazem outra coisa senão medicar, mesmo sem diagnósticos precisos. Além disso, viciam a população jovem com antidepressivos e outros "venenos". A cultura maniqueísta introduzida pela religião, com a intenção de controlar o outro, produz mortes neurais ao longo da vida, criando pessoas com pouco poder cognitivo. O vício no aparelho celular gerou uma nação "drogada", dependente e submissa ao pensamento e vontade da classe dominante.
Quem embarca nessa canoa — a canoa da repetição, da rotina — está condenando o cérebro a pensar menos, ou seja, a realizar menos sinapses. Cada neurônio se conecta com mais de 10 mil outros neurônios, e assim fazem trilhões de sinapses, envolvendo o sistema nervoso e a rede neural. A morte neural é natural, mas, com o aparecimento de novos neurônios, esses não ficarão isolados se praticarmos uma vida saudável. Cada pessoa que se isola e não se comunica com o meio certamente ficará doente e morrerá. Se o indivíduo viver em uma sociedade sectária, provocará danos ao seu cérebro. Toda compulsão e repetição — como sentar no mesmo lugar, dormir no mesmo horário, comer sem fome, fazer as mesmas coisas do mesmo jeito — mata neurônios. Os imbecis são teimosos, os idiotas podem ser bravos, pois seus cérebros produzem poucos neurotransmissores. Saia dessa roda. Prazeres de velhos podem ser legais, mas a repetição mata. Busque o novo. Lembre-se de que a psique não envelhece. Aprenda algo novo. Mude de rua ao caminhar. A academia para praticar exercícios pode ser boa inicialmente, mas o ideal é caminhar na rua, interagir com pessoas diferentes, respirar o ar fresco, buscar a leitura e os novos desafios.
A vida tem como essência a reprodução, a comunicação e a interação com o meio. Existem pessoas que destroem a vida, mas há uma pulsão que busca desesperadamente a manutenção da vida. Mesmo nos momentos mais tristes, no luto, há uma pulsão pela vida. Onde houver pulsão de morte, há também uma luta pela vida. Todo suicida quer viver, está lutando pela vida.
Nessa caminhada, teremos uma nação submissa ao prazer e ao desejo que foram implantados pela civilização. Essa mesma civilização está adoecendo a população com suas drogas produzidas nos laboratórios, sejam elas sintéticas ou oriundas das forças dominadoras dos tiranos deste século. A estimativa da OMS para o número de pessoas com demência no mundo é de 159 milhões. E pasmem: o Brasil já foi sorteado. Ainda falta incluir na lista os doidos, os depressivos, os ansiosos, os estressados, os que sofrem com fobias e com baixa autoestima. Resumindo: o caos está se aproximando, e você, visitando as redes sociais ou buscando o "nada", está caminhando nessa direção.
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O colunista é mestre em gestão, professor e consultor empresarial.
"Pós-pandemia, vivemos em um mundo de "espelho trincado", onde a imagem é distorcida. Então, busca-se a magia da descoberta do "eu", escreve colunista.
O colunista é mestre em gestão, professor e consultor empresarial.
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