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ARTIGO: Depressão pode ter influência diabólica - Por Edinazio Vieira

"A relação do humano com o desconhecido tem gerado medos e fobias, sentimentos ou sintomas que causam apavoramento", diz colunista.

12 de agosto de 2024 às 14:19   - Atualizado às 14:19

Colunista Edinazio Vieira.

Colunista Edinazio Vieira. Colunista Edinazio Vieira.

O período da antiguidade, que compreende entre 4.000 a.C. e 476 d.C., é um marco para definir a história da humanidade nessa época. A partir desse período, percebemos todo comportamento humano e sua forma de pensar. Nessa época, as crenças e as religiões ditavam até diagnósticos. No entanto, podemos afirmar que a ciência surgiu no século VI a.C. e com ela a investigação dos fenômenos e dos sintomas. A filosofia percorreu uma extensa estrada, onde encontrou profundos conteúdos religiosos que explicavam desde a origem da humanidade às causas dos fenômenos.

A relação do humano com o desconhecido tem gerado medos e fobias, sentimentos ou sintomas que causam apavoramento. Isso faz com que as pessoas busquem amuletos, próteses e o sagrado para se refugiar e se equilibrar emocionalmente. Esse pseudoequilíbrio buscado pelo ser humano o conduziu as "prisões" psíquicas e psicológicas, pois as crenças limitantes, a fake sustentadas de geração em geração convalidou-se numa verdade absoluta. Todas essas mazelas ou lixos psíquicos fabricaram "monstros" espirituais que influenciam na vida do humano.

A ciência contemporânea arranhada ou traumatizada pela espiritualidade da idade antiga e da igreja da Idade Média, onde a ciência foi perseguida e os cientistas aprisionados e decapitados. Existia uma submissão aos “papas” religiosos que negava a ciência e satanizava os fenômenos. Após esse período, a ciência, através das pesquisas, resolveu ignorar todos conteúdos e fenômenos oriundos da religião.

A insegurança, o desespero, as fobias, a tristeza, a melancolia, o luto e a depressão são sintomas observados em personagens bíblicos, como Abraão, Moisés, o profeta Elias, que se refugiou numa caverna com medo, ou Jonas, que desejava morrer. Esses comportamentos são considerados hoje sintomáticos. De lá pra cá, o humano, em suas incertezas absolutas, busca a religião para se abrigar num arcabouço divino, ser protegido por entidade superior, aquele ou aquilo que o humano não conhece se torna uma deidade.

Chegamos ao século XXI, atravessamos a Antiguidade, passamos pela Idade Média, desembarcamos na modernidade e aterrissamos na contemporaneidade. Mas as queixas humanas continuam. Hoje, temos um aloprado percentual de diagnósticos médicos de pessoas deprimidas, ou seja, colocaram todos os sintomas de tristezas e luto no mesmo balaio. A medicação como o antidepressivo, para a alegria da indústria farmacêutica, tem provocado um número muito grande de doentes resultantes dos efeitos colaterais e adversos dessas drogas.

Além disso, a exposição dos humanos às crenças e atividades religiosas tem como resultantes sintomas ou fenômenos espirituais que a ciência ignora. Existem muitos sintomas que chegam à clínica médica e que tem influência espirituais, ou são possivelmente sintomas de possessão demoníacas.
Muitos esquizofrênicos que perambulam pelas ruas ou vivem em palacetes, que estão ou não medicados são prisioneiros das porções espirituais, e esses travam batalhas diárias para libertação psíquica sem sucesso.

Durante esses 15 anos, convivi em consultórios e pesquisas de campo com pessoas que tinham diagnósticos de religiosos, como doenças ou possessões diabólicas, mas que, na verdade, eram pessoas perturbadas e com transtornos mentais, nada além disso. Em outros casos, chegavam achado ou diagnosticada com esquizofrenia que, na realidade, eram possuidoras por arquétipos ou possessões diabólica.

O que é possessão diabólica? São fenômenos espirituais ou acúmulo da miséria humana? Talvez seja o resultado de tudo isso. Mas o crescente número dos transtornos mentais tem origem espiritual.
O DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) tem mais de 300 classificações de transtornos mentais, incluindo vários os tipos de depressão.

Em contrapartida, os religiosos pentecostais, espirituais e outros estão retroagindo a idade antiga e media, colocando tudo no mesmo cesto das influências espirituais e diabólicas. Esses grupos divulgam "diagnósticos e protocolo de cura" usam seus fiéis como cobaia. Eles não têm formação na área e se aventuram a tratar de pessoas com sintomas depressivos. Os coaches também se atrevem a trazer soluções e buscam cuidar dos depressivos e pessoas com transtornos mentais, tudo isso gera confusão e charlatanismo.

Diante dessa exposição, afirmamos que todos esses elementos estranhos à ciência, toda medicação empurrada para às pessoas que sofrem, mas não são. Os charlatães, religiosos ou não, que intrometem nesse setting terapêutico são adversários para se chegar a cura, então, são considerados demônios.

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