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Ex-Miss Mato Grosso é denunciada por manter 20 homens em condição análoga à escravidão

A investigação do MPT concluiu que a empresa da miss foi responsáveis por manter os funcionários em condições degradantes, beneficiando-se economicamente da exploração.

Cami Cardoso

07 de outubro de 2025 às 16:48   - Atualizado às 17:44

Ex-Miss Mato Grosso é denunciada por manter 20 homens em condição análoga à escravidão

Ex-Miss Mato Grosso é denunciada por manter 20 homens em condição análoga à escravidão Foto: Divulgação/MPT-MT e Reprodução / Facebook

Em Nova Maringá (MT), um grupo de 20 trabalhadores, incluindo um adolescente de 17 anos, foi resgatado em condições análogas à escravidão na fazenda Eliane Raquel e Quinhão. Eles eram empregados pela empresa T.F.

Zimpel, administrada por Taiany Franca Zimpel, que atua tanto nos negócios familiares do setor madeireiro quanto no mundo dos concursos de beleza. Taiany foi eleita Miss Mato Grosso em 2016 e, mais recentemente, em 2024, conquistou o título de Miss Mato Grosso Internacional.

Nas redes sociais, Taiany combina imagens de luxo e glamour com a divulgação de negócios da família. Entre as publicações, ela buscava um caminhão para transporte de madeira em fevereiro de 2025 e anunciava lenha nativa à venda em outubro de 2024.

Enquanto isso, os trabalhadores enfrentavam uma realidade completamente distinta: banheiros precários, falta de água potável e ausência de equipamentos de proteção. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), eles dormiam em barracos improvisados, em colchões sujos sobre tábuas e toras. Um único abrigo chegou a abrigar 13 pessoas.

Além da precariedade estrutural, os empregados relatavam ameaças por pessoas armadas e restrições à liberdade de circulação. O resgate foi coordenado pelo MPT-MT, com apoio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), da Defensoria Pública da União (DPU) e da Polícia Federal (PF). Outros trabalhadores viviam em barracos sem ventilação, dormindo em redes e compartilhando espaço com tambores de óleo e combustível.

A investigação do MPT concluiu que a empresa T.F. Zimpel e os proprietários da fazenda foram responsáveis por manter os funcionários em condições degradantes, beneficiando-se economicamente da exploração.

Como consequência, os responsáveis foram multados em R$ 1 milhão por dano moral coletivo, valor destinado ao Projeto Ação Integrada, Mato Grosso (PAI/MT), que combate o trabalho escravo. Eles também firmaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), comprometendo-se a adotar medidas corretivas, sob risco de novas multas. Além disso, terão de pagar R$ 418 mil em verbas trabalhistas e rescisórias.

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