04 de novembro de 2024 às 08:26 - Atualizado às 08:57
Vacina. Foto: Débora F. Barreto-Vieira/Fiocruz
Em 2024, o Ministério da Saúde já incinerou 10,9 milhões de vacinas que expiraram. A maior parte dessas perdas corresponde a vacinas contra a Covid-19, mas também há imunizantes para febre amarela, tétano, gripe e outras doenças.
Esse desperdício pode ser ainda maior, já que há mais 12 milhões de doses vencidas no estoque do Ministério, incluindo 9 milhões da Janssen contra a Covid-19, que também deverão ser incineradas.
Essas informações são da Lei de Acesso à Informação (LAI).
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Em resposta, o Ministério da Saúde afirmou que campanhas de desinformação reduziram a adesão da população às vacinas, mas garantiu que não há escassez de imunizantes no Brasil.
Entre as vacinas já destruídas, cerca de 6,4 milhões de doses eram contra a Covid-19. Em 2024, a doença já provocou mais de 5,1 mil mortes no país, conforme dados do próprio ministério.
A vacina infantil DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, foi a segunda mais incinerada, com 3,1 milhões de doses perdidas. Em seguida, vem a vacina contra a febre amarela, com 663,2 mil doses descartadas.
Como os dados ainda são parciais, o total de vacinas incineradas pode aumentar até o final de 2024. O Ministério também explicou, em ofício, que “não possui gerência sobre a incineração no âmbito estadual”.
As campanhas de vacinação têm sido um desafio. No caso da Covid-19, a vacinação começou atrasada, em maio, e com imunizantes próximos ao vencimento.
A crise na vacinação, no entanto, não é recente. Desde 2016, o país observa uma queda nas coberturas vacinais de doenças como meningite e HPV. Em certos momentos, houve até falta de estoque, o que não ocorre atualmente, segundo o ministério.
As taxas de vacinação tiveram um aumento parcial no último ano, retirando o Brasil da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas, segundo estimativas divulgadas em julho pela OMS e Unicef.
Em nota, o Ministério explicou que as vacinas contra a Covid-19 são alvo de campanhas de desinformação, provocando “desconfiança sobre a eficácia e segurança do imunizante, impactando a adesão da população”.
Para minimizar desperdícios e garantir uma proteção efetiva, o Ministério adotou novidades para a compra de vacinas contra a Covid-19 neste ano: entrega parcelada pelo laboratório conforme a demanda da pasta e possibilidade de troca pela versão mais atual aprovada pela Anvisa.
Além disso, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) implementa práticas de gestão como cláusulas de troca para lotes próximos ao vencimento, contratos plurianuais para maior eficiência, monitoramento contínuo de estoques e reuniões mensais com laboratórios para ajustar cronogramas.
O ministério ainda destacou que “perdas percentuais mínimas são previstas mundialmente na formulação de políticas públicas de saúde, considerando a necessidade de uma reserva técnica”.
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