17 de fevereiro de 2025 às 16:44 - Atualizado às 16:46
Washington Quaquá e Anielle Franco Fotos: José Cruz/Agência Brasil e Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O vice-presidente do PT e prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, anunciou que levará a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao conselho de ética do partido nesta segunda-feira, 17 de fevereiro.
Ele afirma ter encontrado indícios de que um suposto funcionário fantasma da prefeitura foi indicado por Anielle na gestão anterior.
A ministra nega as acusações e alega estar sendo alvo de “perseguição e violência política”.
Quaquá relatou ao Metrópoles que recebeu informações sobre a suposta contratação irregular.
“Me mandaram um recado que havia sido contratado um funcionário fantasma a pedido dela. Sendo ou não dela, eu mandei abrir inquérito. Eu fui ver se esse caso de Maricá era verdadeiro, e descobri que, além de tudo, o cara era ‘consultor’ dela enquanto ainda estava em Maricá. Infelizmente, na esquerda e na direita, temos esses santos de bordel. É por isso que o povo anda tão descrente em política”, afirmou.
Ele pretende levar o caso ao diretório nacional do PT.
“Vou pedir comissão de ética pra ela na reunião do diretório nacional desta segunda-feira”, disse.
Quaquá também mencionou que foi alvo de uma denúncia feita por Anielle.
“Ela pediu comissão de ética pra mim por ter defendido que o Brazão é inocente e não teve o devido processo legal no caso Marielle”, afirmou, referindo-se ao deputado Chiquinho Brazão, preso como suspeito de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco, irmã da ministra.
O funcionário apontado por Quaquá, Alex da Mata Barros, atuava na autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar). Ele entrou no cargo em 1º de junho de 2021 e permaneceu até 1º de janeiro de 2025.
Durante esse período, segundo Quaquá, ele também prestou serviços ao Ministério da Igualdade Racial (MIR). No dia 17 de maio de 2024, começou a trabalhar como consultor do Projeto Gente Negra “Reconstrução e Desenvolvimento”, ligado à pasta de Anielle Franco.
O Ministério da Igualdade Racial negou as acusações de Quaquá. Em nota, a pasta esclareceu que os consultores do projeto foram contratados e pagos diretamente pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (Banco CAF), com apoio do ministério.
“Não há ilegalidade em nenhuma consultoria de apoio ao Ministério da Igualdade Racial.
Os consultores participantes do projeto são contratados e remunerados diretamente pelo Banco CAF em apoio e fortalecimento do Ministério da Igualdade Racial. O edital de seleção foi elaborado seguindo os critérios e padrões internacionais informados pelo banco.
A consultoria é financiada com recursos de cooperação internacional, seguindo os parâmetros legais do padrão de apoio institucional do Governo Federal.
A Ministra Anielle Franco afirma que perseguição política e violência política não serão toleradas e toda e qualquer tentativa de desinformação e fake news serão respondidas à altura, por medidas cabíveis”.
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Em postagem publicada nas redes sociais, o deputado diz ser alvo de perseguição e faz críticas ao ministro Alexandre de Moraes (STF).
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