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FACEBOOK foi a empresa que MAIS RECEBEU verbas eleitorais em 2024, revela TSE

O valor destinado à empresa passou de pouco mais de R$ 1.700, em 2014, para quase R$ 200 milhões na corrida municipal do ano passado.

22 de janeiro de 2025 às 16:11   - Atualizado às 16:11

Instagram, Facebook e Whatsapp pertencem a empresa Meta

Instagram, Facebook e Whatsapp pertencem a empresa Meta Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O Facebook foi a empresa que mais recebeu recursos nas últimas duas eleições brasileiras, segundo dados do Divulgacand, sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O valor destinado à empresa passou de pouco mais de R$ 1.700, em 2014, para quase R$ 200 milhões na corrida municipal do ano passado.

Neste mês, a Meta, que é dona também do Instagram e, no Brasil, possui registro social como Facebook, foi alvo de polêmica ao anunciar o fim do programa de checagem de informações nos Estados Unidos, medida que não tem data para ser implementada no País.

A empresa decidiu afrouxar as restrições sobre conteúdos preconceituosos e retomar os algoritmos que recomendam publicações políticas.

Especialistas ouvidos pelo Estadão criticam o que chamam de "monopólio" do Facebook, falam em "desigualdade" no tratamento da legislação eleitoral entre as redes sociais e as empresas de comunicação e apontam riscos de interferências no processo eleitoral. Procurado, o Facebook não quis comentar.

O Facebook foi o principal fornecedor contratado pelas campanhas nas eleições de 2024 e 2022, figurando em segundo lugar nas disputas de 2020 e 2018.

Por "fornecedores" entende-se tudo aquilo que um candidato compra ou contrata ao longo da disputa eleitoral - desde gastos com gráficas e marqueteiros até o fretamento de aeronaves.

No caso do Facebook, o gasto dos candidatos se deu principalmente com o impulsionamento de conteúdo no Facebook e no Instagram.

No Divulgacand, o Facebook aparece pela primeira vez como fornecedor nas eleições gerais de 2014, quando um candidato a deputado federal de Santa Catarina registrou R$ 980 em transferência eletrônica para a empresa, o que hoje equivale a cerca de R$ 1.700, corrigidos pela inflação no período.

O candidato não especificou qual foi o serviço contratado. Em 2016, quatro candidatos - três a vereador e um a prefeito - somaram R$ 1 mil em gastos com "criação e inclusão de páginas". Corrigido pela inflação, essa despesa foi de R$ 1.800.

A grande mudança de paradigma ocorreu nas eleições de 2018, quando o Facebook recebeu R$ 23,2 milhões das campanhas brasileiras, em valores nominais.

Minas Gerais foi destaque nesse tipo de gasto, com dois candidatos a governador sendo os que mais investiram na plataforma.

Antonio Anastasia (PSDB), que buscava a reeleição, gastou R$ 878 mil, seguido por Romeu Zema (Novo), com R$ 476,3 mil. O outsider desbancou Anastasia e conquistou o governo do Estado.

Desde então, os valores destinados ao Facebook não pararam de crescer, atingindo quase R$ 200 milhões no ano passado.

Ainda assim, esse montante representa apenas 3% dos gastos totais que as campanhas tiveram em 2024. De acordo com o TSE, foram R$ 6,6 bilhões investidos.

Na última disputa, o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, foi quem mais gastou com Facebook e Instagram, destinando R$ 8,8 milhões às redes sociais.

Depois dele vêm Evandro Leitão (PT), que se elegeu prefeito de Fortaleza, e seu concorrente derrotado, o ex-prefeito José Sarto (PDT). Eles despejaram R$ 5,8 milhões e R$ 4,9 milhões nas plataformas, respectivamente.

Estadão Conteúdo

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