Pernambuco, 13 de Setembro de 2024

Descricao da imagem
Descrição da imagem

Ouça a Rádio Portal

Descricao da imagem

STF valida PRISÃO IMEDIATA após condenação pelo júri para casos de HOMICÍDIO

Para a maioria dos ministros, o princípio constitucional da soberania dos vereditos do júri autoriza a execução da pena.

13 de setembro de 2024 às 08:11   - Atualizado às 11:03

STF valida PRISÃO IMEDIATA após condenação pelo júri.

STF valida PRISÃO IMEDIATA após condenação pelo júri. Arte montagem: Portal de Prefeitura.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na quinta-feira, 12 de setembro, validar prisões imediatas de condenados pelo Tribunal do Júri. Com a decisão, criminosos que forem condenados por homicídio passarão a cumprir a pena imediatamente, sem o direito de recorrer em liberdade.

Para a maioria dos ministros, o princípio constitucional da soberania dos vereditos do júri autoriza a execução imediata da pena.

A prisão imediata só vale para condenações pelo júri. Nos demais casos, a prisão para cumprimento de pena continua da forma aplicada atualmente, ou seja, somente após o fim de todos os recursos possíveis.

O caso começou a ser julgado em agosto do ano passado no plenário virtual, quando foi registrada maioria de votos pela prisão imediata. No entanto, o julgamento foi suspenso para ser retomado no plenário físico.

Na quarta (11), o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, votou a favor da prisão imediata. O ministro Gilmar Mendes abriu a divergência e afirmou que a execução antecipada da pena viola a presunção de inocência dos acusados.

Na sessão desta quinta-feira, o julgamento foi finalizado com a maioria de votos pela prisão imediata. O entendimento do relator foi seguido pelos ministros André Mendonça, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

Leia Também

Edson Fachin e Luiz Fux também se manifestaram pela prisão imediata, mas só para condenações superiores a 15 anos.

Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, que votaram antes da aposentadoria, se manifestaram contra a prisão imediata.

Durante a sessão, o ministro Alexandre de Moraes citou casos nos quais o homicida chega preso preventivamente ao julgamento, mas sai do tribunal em liberdade após a sentença condenatória. O ministro também disse que a falta de prisão imediata coloca em risco a vida dos jurados.

"Não podemos deixar que permaneça essa situação de impunidade em que, a partir de recurso atrás de recurso, a pessoa já condenada pelo júri fique anos e anos solta", afirmou.

A ministra Cármen Lúcia, única mulher no STF, também votou pela prisão imediata e disse que a democracia não tem gênero. A ministra defendeu a punição contra os feminicídios e disse que, "quando uma mulher é violentada, todas são".

"No assassinato de mulheres, joga-se álcool no rosto, esfaqueia-se no rosto, atira-se no rosto para abalar a imagem. Isso acontece conosco. Comigo e com todas as outras. Não é porque sou juíza do Supremo que não sofro preconceito. Sofro. Isso acontece todos os dias neste país", afirmou.

A decisão da Corte envolve um recurso de um homem condenado a 26 anos por feminicídio. O acusado matou a ex-companheira com quatro facadas após um desentendimento pelo término do relacionamento. Ele foi condenado ao cumprimento imediato de pena, mas a defesa entrou com recurso.

Agência Brasil

Mais Lidas

Descrição da imagem

Recife

13:09, 13 Set

Descrição da imagem

24

°c

Fonte: OpenWeather

Notícias Relacionadas

X está suspenso do Brasil
Posição

PGR defende que STF rejeite ações contra MULTA DE R$ 50 MIL para quem tentar ACESSAR O X

O procurador-geral Paulo Gonet afirma que os processos abertos pela OAB e o Partido Novo devem ser encerrados sem análise de mérito por questões processuais.

Ministro do STF, Flávio Dino.
Determinação

Dino ordena que a CGU amplie o levantamento das emendas do orçamento secreto

Na decisão, o ministro disse que a pesquisa deverá englobar pelo menos seis municípios das regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Padre Robson de Oliveira
Decisão

STF mantém ARQUIVAMENTO de inquérito contra PADRE Robson por supostos DESVIO DE DOAÇÕES de fiéis

As suspeitas envolvendo o religioso vieram a público a partir da Operação Vendilhões, que identificou movimentações suspeitas de R$ 120 milhões por meio da Associação Filhos do Pai Eterno, fundação filantrópica.

mais notícias

+