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Lula vincula fraude no INSS a Bolsonaro e diz não fazer pirotecnia na investigação

Segundo o presidente, o caso vem sendo apurado com uso de informações de inteligência e sem alarde.

10 de maio de 2025 às 15:08   - Atualizado às 15:08

Lula e Bolsonaro durante debate.

Lula e Bolsonaro durante debate. Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou neste sábado, 10 de maio, a demora na investigação sobre a fraude no INSS e o processo de ressarcimento dos aposentados e pensionistas lesados pelo esquema criminoso, e atrelou os escândalos ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao fim de sua viagem à Rússia, Lula foi questionado sobre a velocidade na reparação das vítimas, se considera que o governo demorou a tomar providências e sobre o tamanho do desgaste político.

O escândalo motivou uma troca no comando do Ministério da Previdência Social, a saída do PDT da base do governo e vem sendo explorado amplamente pela oposição nas redes sociais contra Lula.

Ele respondeu que a demora ocorre porque quer uma investigação profunda e não fazer "pirotecnia" com a apuração sobre a quadrilha.

Segundo o petista, o caso vem sendo apurado com uso de informações de inteligência e sem alarde. Para Lula, há entidades sérias no INSS, e outras que foram criadas para cometer crimes.

O caso motivou a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre descontos de ao menos R$ 6 bilhões não autorizados em benefícios da Previdência. Lula disse que o caso "está na mão da Justiça".

"Tanto a CGU quanto a Polícia Federal foram a fundo para chegar no coração da quadrilha", disse Lula. "Se tivesse feito um carnaval um ano atrás, possivelmente teria parado no carnaval. Como acontece em todas as denúncias. Você faz um show de pirotecnia em uma semana, na outra semana sai da pirotecnia e esquece. Não. Nós resolvemos desmontar uma quadrilha que foi criada em 2019. É importante saber que uma quadrilha que foi criada em 2019. E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019", reagiu o presidente, em referência ao antecessor Jair Bolsonaro

Ele também citou, sem dar nomes, que todos sabem os nomes dos ministros da Casa Civil e da Previdência no governo Bolsonaro.

Como mostrado pelo Estadão, o problema dos descontos ilegais em benefícios do INSS começou a entrar no radar em 2018, durante o governo Bolsonaro, mas disparou a partir de 2023, primeiro ano de Lula.

Um dos motivos para esse aumento está em uma medida que revogou o controle sobre descontos sancionada pelo ex-presidente em 2022Ele também citou, sem dar nomes, que todos sabem os nomes dos ministros da Casa Civil e da Previdência no governo Bolsonaro.

Lula ainda destacou que os recursos vinham dos salários de aposentados e não dos cofres públicos.

"O crime foi um assalto a aposentados e pensionistas nesse País. O que eu acho mais grave: eles não foram no cofre do INSS, eles foram no bolso do povo. Isso nos deixa mais revoltados e por isso vamos a fundo para saber quem é quem nesse jogo e se tinha alguém do governo passado envolvido nisso. Não tenho pressa."

O petista disse que não deseja buscar "manchetes de jornal", mas sim apurar o escândalo e congelar os bens de "entidades que roubaram" para assim obter dinheiro para compensar as vítimas.

Lula diz que governo ainda precisa sistematizar o ressarcimento

A respeito do ressarcimento, Lula disse que o governo ainda precisa sistematizar o tamanho da fraude e receber todas as queixas de beneficiários do INSS que tenham sido debitados sem aval.

"Devolver ou não vai depender de você constatar a quantidade de pessoas que foram enganadas. A quantidade de pessoas que teve o seu nome em uma lista sem que eles tivessem assinado. Porque aqueles que assinaram, sabe, autorizaram", afirmou o presidente. "As vítimas não serão prejudicadas. Serão prejudicados aqueles que um dia ousaram explorarar os aposentados e pensionistas brasileiros criando entidades e fazendo promessas nunca cumpridas para esse povo."

Nesta sexta-feira, 9, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que recebeu informações da Advocacia-Geral da União (AGU) de que os recursos bloqueados das contas das associações e sindicatos que fraudaram o INSS são suficientes para ressarcir os de aposentados e pensionistas que foram lesados.

Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou na última quinta-feira, 8, que, se necessário, a União completará com dinheiro público os recursos para que aconteça o ressarcimento integral dos beneficiários lesados.

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