O presidente brasileiro também disse que é preciso que o mundo reúna US$ 1,3 trilhão para enfrentar as mudanças climáticas, sob o risco de "criar um apartheid climático" caso isso não aconteça.
Presidente Lula e o presidente francês Emmanuel Macron. Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
Ao lado do presidente francês Emmanuel Macron, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira, 5 de maio, a democracia, o multilateralismo e o livre comércio.
"Não é possível destruir coisas que foram construídas com muita força depois da Segunda Guerra Mundial e tentar voltar o protecionismo, o unilateralismo e a fraqueza da democracia que estamos vendo no mundo hoje", disse Lula, durante discurso em Paris.
"Defender a democracia não é uma coisa pequena, é a coisa mais importante que a gente tem que fazer. (...) A União Europeia, quando construiu um Parlamento, um Banco Central, uma moeda, as comissões que representam, passa para mim uma espécie de patrimônio universal da democracia, e é isso que temos de garantir. Não podemos vacilar na defesa dessas coisas que são sagradas para a sobrevivência da humanidade", afirmou.
O presidente brasileiro também disse que é preciso que o mundo reúna US$ 1,3 trilhão para enfrentar as mudanças climáticas, sob o risco de "criar um apartheid climático" caso isso não aconteça.
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Acordo UE-Mercosul
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul "comporta um risco para os agricultores europeus" e que "os países do Mercosul não estão no mesmo nível de regulamentação" que é imposta na Europa. Esse seria um entrave, na visão do presidente francês, para a assinatura do acordo.
O presidente Lula respondeu dizendo que nenhum outro presidente no mundo defende mais o meio ambiente que ele.
Lula e Macron concederam entrevista coletiva à imprensa após reunião que tiveram em Paris nesta quinta-feira (5). Macron disse que a França "é a favor do comércio livre e equitativo" e que ele próprio defendeu "acordos que conseguimos melhorar, mas justamente por serem acordos que permitem baixar as tarifas, eles o fazem de uma maneira justa".
Macron disse ser preciso "aprimorar o acordo, trabalhar para termos cláusulas de salvaguarda, de espelho, para que nesse setor consigamos avançar".
O presidente brasileiro, por sua vez, disse que seu governo tem compromisso com o meio ambiente e a redução do desmatamento. Citou sua ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e fez uma brincadeira de que ela está "magrinha" de tanto trabalhar.
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