Prefeito do Recife, João Campos. Foto: Beto Dantas/Portal de Prefeitura
O esquema de espionagem ilegal montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), monitorou opositores da gestão - segundo relatório final da Polícia Federal.
O Estadão teve acesso ao relatório de 1.125 páginas, cujo sigilo foi levantado na quarta-feira, 18 de junho, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
As investigações apontam que o órgão de inteligência também foi utilizado para espionar servidores, jornalistas, deputados, senadores e membros do Poder Judiciário. O relatório detalha que houve um pico de uso do sistema espião em outubro de 2020, mês das eleições municipais.
Na época, João Campos era deputado federal e tentava se eleger prefeito do Recife, vencendo a disputa contra a sua prima Marília Arraes, então petista, que ficou em segundo lugar.
Classificação
Diante do grande volume de alvos, a PF classificou as vítimas da espionagem em oito categorias: geral, servidores do TSE e institutos de pesquisa, Poder Judiciário, Poder Legislativo, Ministério Público, servidores públicos, proteção do núcleo político e contexto não identificado.
Entre os monitorados estavam os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Também foi alvo de espionagem o advogado Rafael Fontelles, sobrinho de Barroso.
Segundo a PF, o objetivo era obter informações que pudessem comprometê-lo em um processo bilionário envolvendo o banco Itaú, do qual era advogado. A ação tramitava no Supremo, o que teria motivado o monitoramento. Porém, o caso estava sob relatoria do ministro Luiz Fux, e não de Barroso.
O então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM, à época), e a então deputada Joice Hasselmann (PSDB, à época) foram seguidos fisicamente durante um jantar.
A operação foi autorizada por Alexandre Ramagem e executada por agentes em uma viatura da Polícia Federal. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e sua esposa, Analine Castro, foram investigados por ordem expressa de levantar "todos os podres" do casal.
Senadores da CPI da Pandemia também foram alvos. Renan Calheiros (MDB), Omar Aziz (PSD) e Randolfe Rodrigues (REDE, à época) foram monitorados, com pedidos para investigar assessores, levantar informações negativas e mapear ligações com a Transpetro. Eles também sofreram ataques coordenados nas redes sociais.
Outros parlamentares monitorados incluem os deputados Gustavo Gayer (PL), Kim Kataguiri (DEM, à época) e Evair Vieira de Melo (PP), além do senador Alessandro Vieira (MDB) e do advogado Walfrido Warde.
Da redação do Portal de Prefeitura com informações do Estadão
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