Ministro Rui Costa e o presidente Lula. Foto: Ricardo Strucker
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, afirmou em entrevista ao O Globo, publicada no último sábado, 7 de junho, que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, “sabia do problema” envolvendo fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) antes da operação que revelou o escândalo.
A fala responde diretamente às críticas do Planalto, que tentou atribuir à CGU a falha de comunicação que levou à crise política no governo Lula.
“A informação de que as pessoas não sabiam não procede. O ministro Rui sabe disso”, declarou Carvalho.
Segundo ele, a CGU realizou reuniões com a equipe da Previdência e notificações internas foram feitas sobre o avanço da auditoria.
O foco das investigações foram acordos de cooperação técnica com entidades que cobravam indevidamente de aposentados e pensionistas — apontados como o “ovo da serpente” da fraude. Os contratos foram assinados em 2021 e 2022, ainda durante o governo Bolsonaro.
A investigação resultou na saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência. Rui Costa alegou que a crise só se instalou porque o então ministro não teria sido informado.
Vinícius Carvalho, porém, sustentou que os alertas foram feitos no nível técnico da pasta, reforçando que a CGU cumpriu o papel atribuído por Lula: combater fraudes e corrupção com rigor.
“Poderíamos fingir que não vimos. Ou fazer alguma perfumaria, como foi feito no governo Bolsonaro. Optamos por investigar, punir e ressarcir os aposentados”, disse o ministro da CGU.
Questionado sobre uma suposta seletividade nos bloqueios de recursos — uma vez que entidades como a Conafer e a Contag, com ligações políticas com o governo, ficaram de fora da primeira etapa — Carvalho negou blindagem:
“Todas as entidades que tiverem fraudado serão responsabilizadas. Se amanhã surgir indício contra a Contag, o processo será aberto no dia seguinte”.
Justiça bloqueia conta de investigados
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