14 de abril de 2025 às 15:51 - Atualizado às 15:58
Bíblia do patriota (Reprodução)
A recente comercialização da chamada “Bíblia do Patriota” tem gerado um intenso debate nas redes sociais e nos meios religiosos e políticos. O produto foi visto durante o ato em defesa da anistia aos envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro, realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, no último dia 6 de abril. Com forte apelo ideológico, a publicação vem sendo vendida por até R$ 100, o que levantou questionamentos sobre o uso da fé como instrumento comercial e político.
De acordo com reportagem da Revista Fórum, a responsável pela edição especial é a Editora Virtude Cristã, sediada em Jundiaí, no interior de São Paulo. Fundada recentemente, no dia 14 de fevereiro de 2025 — pouco mais de um mês antes do evento —, a editora já chamou atenção por atrelar símbolos religiosos a elementos patrióticos, claramente alinhados ao bolsonarismo.
A “Bíblia do Patriota” traz o conteúdo tradicional da Bíblia Sagrada na versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), com as falas de Deus em azul e as palavras de Jesus destacadas em vermelho. Além disso, a obra inclui o hinário Harpa Cristã, amplamente utilizado nas igrejas evangélicas Assembleia de Deus. A capa, em verde e amarelo, reforça a simbologia nacionalista e acompanha uma introdução que remete à ideologia conservadora.
Enquanto a versão convencional do livro sagrado é vendida pela editora por cerca de R$ 20, a edição “patriota” tem valor sugerido de R$ 80 a R$ 100, o que representa uma margem de lucro significativa.
Essa mistura de fé, política e comércio tem despertado críticas de líderes religiosos, estudiosos e internautas, que questionam os limites éticos da utilização da Bíblia em contextos político-ideológicos.
A polêmica levanta um debate importante sobre a instrumentalização da religião e o crescente mercado que se forma em torno do bolsonarismo, sobretudo entre segmentos evangélicos que veem no ex-presidente uma figura quase messiânica.
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Em março, o Copom elevou a taxa Selic para 14,25%, patamar semelhante ao observado durante o governo Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016.
A proposta foi solicitada a partir do requerimento apresentado pelo deputado Alexandre Guimarães (MDB-TO) e outros parlamentares, motivado por reportagens da revista Piauí e da Folha de S. Paulo.
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