Aprovados em concurso da educação. Arte: Portal de Prefeitura
Na próxima sexta-feira, 26 de setembro, às 9h, aprovados no concurso para professores da rede municipal do Recife realizarão um ato no Plenarinho da Câmara Municipal. O grupo reivindica a convocação imediata de todos os classificados no certame, alegando a necessidade de reforço no quadro de profissionais da educação.
Segundo os organizadores da mobilização, a rede municipal enfrenta déficit de professores, o que estaria comprometendo o atendimento adequado aos estudantes. Eles argumentam que a convocação dos concursados é necessária para suprir a demanda nas escolas e garantir qualidade no ensino.
O protesto é aberto ao público e contará com a presença de candidatos aprovados, representantes da comunidade escolar e apoiadores da pauta. A manifestação ocorre em meio a cobranças por maior investimento na educação pública e valorização dos profissionais da área.
O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE) voltou a denunciar, de forma contundente, o abandono da infraestrutura escolar pela gestão do prefeito João Campos. Em visita a unidades da RPA 3, o diretor Edgardi Aluna, representando o sindicato, relatou a realidade alarmante enfrentada por professores, alunos e funcionários nas escolas da capital pernambucana.
Durante inspeção na Escola Municipal Ivan Neves, no Alto do Refúgio, Edgardi Aluna se deparou com um cenário que chamou de "inadmissível": salas de aula superlotadas, com ar-condicionado quebrado, ventiladores barulhentos e ambientes insalubres, tomados por mofo e infiltrações que colocam a saúde e a segurança de todos em risco.
“Não adianta a prefeitura instalar ar-condicionado ou fazer reformas se não tem a mínima condição de manter essa infraestrutura funcionando. É o mesmo que nada”, afirma o diretor.
Segundo Edgardi Aluna, há ofícios enviados pelas direções escolares, pedidos de reparo e comunicação direta com a Secretaria de Infraestrutura, mas nada é feito de forma efetiva. A consequência é clara: professores precisam elevar a voz para competir com o barulho dos ventiladores, alunos perdem a concentração em ambientes abafados, e muitos docentes acabam levando ventiladores de casa para tentar amenizar o calor extremo nas salas.
Em algumas turmas, o mofo já toma conta do teto, e as infiltrações atingem a fiação elétrica, criando riscos reais de curto-circuito. Nos dias de chuva, segundo o relato, as aulas se tornam inviáveis.
“Você entra numa sala de aula e sente que é mais confortável estar no corredor do que dentro da sala. O ambiente parece um forno. Como é possível repor aula assim? Como é possível ensinar e aprender nesse tipo de condição?”, denuncia Edgardi Aluna
A situação não é pontual. O SIMPERE afirma que esta é apenas mais uma entre inúmeras denúncias já realizadas sobre as más condições estruturais da rede municipal. O sindicato lembra que há anos cobra soluções estruturais reais, e não apenas promessas ou ações paliativas.
“É a enésima vez que a gente denuncia. A Prefeitura de João Campos sabe o que está acontecendo. E sabe há muito tempo. O que falta é vontade política e respeito com a comunidade escolar”, afirma o diretor.
Além das falhas de infraestrutura, o sindicato alerta para problemas recorrentes na distribuição de kits escolares, fardamento, falta de produtos básicos de limpeza e ausência de profissionais suficientes para garantir o funcionamento digno das unidades.
O SIMPERE reforça que essas condições não só colocam em risco a vida de quem frequenta as escolas, como comprometem diretamente o processo de reposição de aulas, acordado após as greves recentes da categoria.
Gestão silencia diante das denúncias
A gestão João Campos, segundo o sindicato, tem optado por fazer propaganda de investimentos na educação, enquanto ignora a manutenção básica das unidades escolares. Para o SIMPERE, o discurso oficial de “modernização” e “requalificação” é apenas uma maquiagem para esconder o desmonte cotidiano vivido por quem está dentro das escolas públicas.
“Eles anunciam milhões em reformas, mas não conseguem consertar um ar-condicionado quebrado há meses. Isso é um insulto aos profissionais da educação e às famílias das crianças da rede municipal”, diz Elgar Luna.
O sindicato garante que continuará fiscalizando as unidades, fazendo denúncias públicas e pressionando a gestão por mudanças reais. A orientação do sindicato é clara: qualquer comunidade escolar que esteja enfrentando problemas deve procurar o SIMPERE, que se compromete a ir até o local, documentar a situação e exigir providências imediatas.
“O SIMPERE é forte, plural e de luta. E vai continuar denunciando. Se você, professora, professor, gestora, estudante, está passando por isso, chame o sindicato. A gente vai até a escola e vai tornar isso público. Não vamos aceitar o silêncio diante do descaso.”
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