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Novas imagens do genocídio cristão na Nigéria expõem tragédia silenciosa

Centenas de cristãos mortos reacendem debate sobre segurança, impunidade e liberdade religiosa no país africano.

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03 de novembro de 2025 às 13:38   - Atualizado às 13:47

Extremistas islâmicos já mataram mais de 7 mil cristãos na Nigéria desde janeiro, aponta relatório

Extremistas islâmicos já mataram mais de 7 mil cristãos na Nigéria desde janeiro, aponta relatório Foto: Morning Star News

Novas imagens que circulam nas redes sociais voltaram a expor a gravidade da crise humanitária na Nigéria. Em vídeos amplamente compartilhados, dezenas de caixões são vistos sendo carregados por moradores de comunidades rurais, enquanto multidões clamam por justiça. As cenas foram descritas por observadores internacionais como retratos de um “genocídio cristão na Nigéria”, expressão que tem ganhado força entre líderes religiosos e organizações de direitos humanos.

O jornalista israelense Hananya Naftali foi um dos primeiros a divulgar as imagens, afirmando que “famílias inteiras foram enterradas em silêncio, sem cobertura da mídia e sem resposta internacional”. Influenciadores e ativistas cristãos reforçaram a denúncia, destacando que aldeias inteiras têm sido dizimadas por grupos armados, em sua maioria identificados como extremistas de origem fulani.

Ataques recorrentes e estatísticas alarmantes

De acordo com a organização nigeriana International Society for Civil Liberties and Rule of Law (Intersociety), mais de 7.000 cristãos foram assassinados e 7.800 sequestrados apenas entre janeiro e agosto de 2025. Esses números representam uma média de 30 mortes por dia — mais de uma a cada hora.
O relatório aponta que a maior parte dos ataques ocorre nas regiões centrais do país, especialmente nos estados de Benue, Plateau, Kaduna e Níger. Milhares de igrejas foram destruídas desde 2009, e estima-se que cerca de 125 mil cristãos tenham sido mortos em 15 anos de violência persistente.

Massacre de Cristãos na Nigéria

Organizações como a International Christian Concern (ICC) e a Missão Portas Abertas classificam o fenômeno como “um genocídio silencioso”. Para elas, o padrão dos ataques, a escolha das vítimas e a destruição sistemática de templos religiosos indicam perseguição direcionada a comunidades cristãs, e não simples conflito territorial.

Resposta limitada e debate político

O governo nigeriano, no entanto, rejeita o termo “genocídio cristão na Nigéria”. Em declarações recentes, autoridades afirmaram que os episódios se inserem em um contexto mais amplo de disputas entre agricultores e pastores fulani por recursos naturais escassos, agravadas pelas mudanças climáticas e pelo colapso da segurança no país.

Famílias de Cristãos mortos na Nigéria

Ainda assim, analistas internacionais apontam que a falta de resposta efetiva das autoridades alimenta a impunidade. Líderes locais afirmam que forças de segurança muitas vezes chegam horas após os ataques, quando aldeias já foram incendiadas e os moradores fugiram. Parlamentares norte-americanos e organizações humanitárias têm pressionado para que a Nigéria volte à lista de “Países de Preocupação Particular”, elaborada pelo Departamento de Estado dos EUA, por violações graves à liberdade religiosa.

Silêncio e consequências humanitárias

Enquanto o debate político continua, milhares de famílias deslocadas vivem em abrigos improvisados, enfrentando falta de alimentos, água potável e atendimento médico. Igrejas e escolas têm servido como refúgio temporário para sobreviventes, que relatam traumas, desaparecimentos e perda total de seus bens.

Organizações humanitárias pedem uma resposta mais firme da comunidade internacional e o fortalecimento das medidas de proteção às minorias religiosas. Para elas, reconhecer a gravidade da crise é o primeiro passo para interromper o ciclo de violência que tem caracterizado o chamado genocídio cristão na Nigéria.

A Nigéria ocupa atualmente o 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025, publicada pela Missão Portas Abertas. O país segue em alerta, dividido entre a busca por estabilidade e a necessidade de justiça para milhares de vítimas.
As imagens recentes, mostrando caixões alinhados e comunidades em luto, reforçam o alerta de que o genocídio cristão na Nigéria não é apenas uma tragédia humanitária, mas um desafio direto aos direitos humanos e à liberdade de fé no continente africano.

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