15 de dezembro de 2023 às 09:45
A Justiça decidiu afastar sete policiais militares da corporação diante do risco de interferência nas investigações da chacina em Camaragibe, no Grande Recifre, que resultou na morte de nove pessoas após um tiroteio entre a polícia e um homem armado em setembro deste ano. O afastamento foi solicitado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
O MPPE disse que esses não são os mesmos policiais que foram alvo de operação realizada pela Polícia Civil na quinta-feira, 14 de dezembro, na qual cinco PMs suspeitos foram detidos. Os agentes não tiveram seus nomes divulgados.
"O acompanhamento do inquérito policial instaurado pela Polícia Civil para elucidar os fatos reforçou a avaliação dos membros do Ministério Público de que é preciso assegurar condições jurídicas e de fato para que os próximos atos investigatórios se deem em ambiente isento de quaisquer interferências que comprometam sua eficácia", delcarou o MPPE em nota.
A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou na manhã da quinta-feira (14), a 88ª Operação de Repressão Qualificada do ano denominada “Sobejo”.
A ação é vinculada à Diretoria Integrada do Especializada – DIRESP, sob a presidência do Grupo de Operações Especiais – GOE, unidade integrante do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado – DRACCO.
A investigação foi iniciada em setembro de 2023, com o objetivo de identificar e
desarticular Associação Criminosa envolvida na prática dos Homicídios ocorridos no
dia 15 de setembro do corrente ano, em Tabatinga, na cidade de Camaragibe.
Foram cumpridos cinco Mandados de Prisão e 20 Mandados de Busca e Apreensão Domiciliar, todos expedidos pelo Juízo da Primeira Vara Criminal da Comarca de Camaragibe.
Na execução estão sendo empregados 130 Policiais Civis, entre Delegados, Agentes e Escrivães.
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A iniciativa deve gerar uma economia de até R$ 1,5 milhão por ano para o município, segundo estima a prefeitura.
"É preciso uma manifestação da OAB nacional e da OAB-PE sobre essas condenações", pediu o deputado estadual na tribuna da Alepe.
No total, o Estado destinou R$ 449 milhões ao sistema prisional ao longo de 2024.
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