15 de maio de 2018 às 01:21
[caption id="attachment_2915" align="alignleft" width="200"] Foto: Beto Dantas/Portal de Prefeitura[/caption] Francisco Eurico da Silva é pastor evangélico há quase trinta anos pela Assembleia de Deus em Pernambuco. Hoje é Deputado Federal pelo Patriota e pré-candidato à reeleição. Sua entrada na política se deu pela necessidade, por parte da instituição religiosa a qual é filiado, de um representante político.“Eu continuo pastor, mas não estou à frente de igreja até porque o tempo não dá”, enfatizou o Político. Há algumas décadas, a Igreja Evangélica precisava recorrer a pessoas da área política para certas demandas. Na época de eleição, essas pessoas procuravam a Igreja para serem apresentadas como candidatas, e isso normalmente ocorria em cultos. “Imagine, você está lá, num momento ligado mais ao espiritual, ao devocional, e entra aquele senhor ou senhora que não tem a nossa linguagem, nosso perfil. A gente tinha que apresentá-los como pessoas que nos ajudavam. Muitas vezes o indivíduo chegava com mau cheiro de álcool, de fumo, as vezes com uma mulher que não era a esposa dele, então, tudo isso gerava um certo choque”, destacou Eurico. Após discussões internas, o Pastor Eurico encarou o desafio de concorrer ao mandato de deputado federal, visando a representatividade evangélica. Entretanto, o parlamentar enfatiza que seu mandato já está provado não estar voltado especificamente a temas evangélicos religiosos e sim as diversas demandas que visão o bem da sociedade como um todo. Ao falar da atual crise política no país, o Deputado Federal também fez algumas considerações: “A Política tem seu lado positivo. Todos nós dependemos, em tudo, da Política. Se o setor da Saúde funciona bem, é porque a Política está funcionando. É assim com todos os setores. Devemos combater com muito rigor o lado errado da Política, e a maior arma é o voto, que está nas mãos do povo. Eu digo que às pessoas não votem em branco, e não deixem de votar. Quem assim procede, está ajudando de forma direta àqueles que não deveriam estar assumindo cargo parlamentar”, explicou o político. [caption id="attachment_2917" align="alignleft" width="300"] Foto: Beto Dantas/Portal de Prefeitura[/caption] No dia 04 de abril deste ano, Francisco Eurico saiu do PHS e filiou-se ao PEN, cujo nome mudou para Patriota. Dias após sua efetivação no novo Partido, o parlamentar soube que, à revelia da liderança do Partido, o advogado Kakai tomou uma atitude polêmica. Havia uma ADC solicitando a soltura de Lula. “Entrei em contato com o Partido e me disseram que havia uma liminar em cima de um ADC, e eu não sabia de nada. Fui apurar. Há dois anos e meio o Partido havia entrado no STF com uma Ação Declaratória de Constitucionalidade, buscando uma posição do Supremo Tribunal sobre prisão”, declarou o Deputado Pastor Eurico. A referida ADC questionava em que instância um cidadão poderia ser preso. Não citava nomes. O advogado do Partido era Kakai. Eurico acrescentou: “Ele tinha a procuração do Partido na mão, e deu entrada aleatoriamente. Nem a presidência nem os deputados do Partido sabiam. Ele entrou com duas liminares: uma em nome do Partido, e outra em nome de uma associação de advogados, usando a mesma ADC. Então como já havia uma infidelidade da parte dele. Eu não aceitei. Usar o nome do Partido e nome da pessoa que havia sido presa, não pode. A ação não tinha nada a ver com isso, mas a imprensa usou isso dizendo que o Partido tinha pedido a soltura de Lula. Eu exigi que ele deveria ser destituído, eu assumi a briga”. Posteriormente, Kakai foi mesmo destituído de sua função no Patriota. Ao tocar no assunto da prisão de Lula e perguntado como vê o Governo Temer neste contexto, Eurico fez questão de declarar o seguinte: “Essa história de golpe, de que Temer é um presidente ilegítimo, é uma falácia. Temer foi eleito pelo voto popular, ele era vice numa chapa. Quem é vice, está junto. Se sai o titular, entra o vice”. [caption id="attachment_2918" align="alignleft" width="300"] Foto: Beto Dantas/Portal de Prefeitura[/caption] Logo após o encarceramento de Lula, a Senadora Gleisi Hoffman gravou um vídeo direcionado ao mundo árabe. Eurico acredita que as declarações de Hoffman tocaram na soberania nacional, que não deve ser afrontada por terceiros. Ele disse, enfaticamente: “Não existe preso político no Brasil. Já existiu. Hoje, não. Isso é uma falácia, um jogo esquerdopata nesse país. É vitimizar-se para tentar sensibilizar as pessoas. É público e notório que o direito de defesa foi dado a Lula. Quem ela estava convocando? Àquele árabe empresário que investe no mundo, que investe no Brasil? Ele vai se passar para estar se envolvendo em questões políticas que estão acontecendo no país? Não. Eles estão chamando àqueles que têm um viés tal qual tem o Stédile (João Pedro Stédile, dirigente nacional do MST), que em nome dos Sem-Terra pegava em arma e ia lutar pela causa do Partido deles no país. É incitação à violência”. O Deputado Federal tem um relacionamento forte com a Comunidade Judaica. Em outubro do ano passado, ele tomou conhecimento de atitudes a favor do Estado Palestino em detrimento de um boicote aos judeus. Isto estaria partindo de um restaurante pernambucano chamado Papaya Verde, que havia colado adesivos no estabelecimento com os dizeres: “Palestina livre! Não é guerra, trata-se de genocídio! Boicotem Israel!”. “Não se pode, num espaço público, colocar agressões ao povo judeu em nome de um Estado Palestino. Há outros caminhos para lutar pelo Estado Palestino. Eu tenho uma afinidade muito grande com a embaixada de Israel, com o povo judeu. Essa revolta não pode ser alimentada. A gente defende que qualquer povo deve ser honrado e respeitado”, declarou Eurico. Posteriormente, a direção do estabelecimento formalizou um pedido de desculpas a todos os que se sentiram ofendidos, e retirou os adesivos do local. A maioria das emendas do Pastor Eurico tem privilegiado a Saúde, apesar de muitas serem enviadas a outras áreas também. Ele considera a Saúde uma área prioritária, que está um caos em todo o país. Eurico acrescentou: “Nos hospitais de referência, como a Fundação Altino Ventura, o Hospital do Câncer, o Tricentenário, IMIP, PROCAPE, lá tem ação nossa, que é para todo o Estado. Para aquele paciente que vem de uma cidade que fica lá no recantinho, eu posso dizer que fiz alguma coisa. Quando ele vem para um hospital de referência na capital, lá tem ação nossa”, afirma o político, que também citou a UTI Coronária em Caruaru como sendo outro hospital beneficiado por sua atuação em Brasília. O Deputado Eurico também tem ações ligadas aos hospitais militares no Estado. “Nos hospitais da Aeronáutica e da Marinha, há ações nossas para os militares que ali são atendidos e para seus familiares”, ele disse. O Colégio Militar também recebeu o auxílio de Eurico: “Conseguimos aportar uma verba de 300 mil reais que vai ajudar bastante o colégio, que estava com muitas dificuldades”. Apesar de enviar emendas para várias cidades, o Deputado Federal tem dificuldade em citar parcerias com prefeitos locais. Ele argumentou que nunca foi candidato de algum prefeito pernambucano, mas gostaria de mostrar, “o que é um Deputado ter o apoio de um Prefeito. Eu ia mostrar o outro lado”. Ele acrescentou ainda: “Há cidades em que coloquei emendas, projetos grandes, e de repente chega um Deputado que não fez nada, mas por amizade, vira candidato oficial”. Recentemente, Eurico fez a entrega de sete tratores agrícolas na sede da CODEVASP, em Petrolina. Algumas cidades beneficiadas foram Afrânio, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Maria da Boa Vista e Ibimirim. “A ação foi feita em prol da sociedade, da população. Mas a gente vê muita ingratidão. No total já foram de 60 milhões de verbas indicadas por mim para Pernambuco. Tenho vários prefeitos que considero amigos, pelo bem que eu faço, mas não sou candidato deles”, declarou Francisco Eurico da Silva. [caption id="attachment_2916" align="alignleft" width="300"] Foto: Beto Dantas/Portal de Prefeitura[/caption] Eurico comentou sobre as eleições presidenciais de 2018. Ele falou sobre a simpatia com a qual segmentos importantes da população veem Bolsonaro para Presidente. Em sua opinião, as pessoas acreditavam que, com a esquerda, e com Lula, o Brasil iria mudar. Houve, inclusive, uma ascensão da esquerda na América Latina, “mas da forma que a esquerda subiu, também caiu. Hoje as pessoas pensam em dar oportunidade à direita. Surge o fator Bolsonaro, quem vem crescendo de uma forma assustadora, de tal forma que outro elemento vem trabalhando para inviabilizar a candidatura dele. Ele tem origem militar, então vai ser um governo militar? Não. Nem pode. É um governo democrático baseado nas prerrogativas da nossa legislação. Se o Bolsonaro entra e faz besteira, a Legislação o tira. Se ele fere a Carta Magna, vai também responder por isso”, declarou o Deputado.
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