06 de novembro de 2018 às 14:03
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Segundo professor da USP, formação é importante não apenas para que estudantes saibam detectar mentiras e verdades, mas para entender que notícias são editadas Educadores, deputados e especialistas em mídia debateram como implantar a educação para as mídias, incluída na Base Nacional Comum Curricular entre as competências básicas que o aluno do ensino fundamental deve ter Participantes de audiência pública na Câmara dos Deputados defenderam que se promova a educação midiática nas escolas brasileiras para se formar cidadãos críticos. O debate foi promovido pela Comissão de Educação nesta terça-feira (6). O professor Claudemir Viana, do curso de licenciatura em Educomunicação da Universidade de São Paulo (USP), foi um dos que defendeu que a educação para as mídias esteja presente no processo educativo. Na visão dele, ela deve ser promovida não apenas em uma disciplina, mas pode ser feita por todos os professores, a partir de projetos e oficinas, por exemplo. A educação para as mídias, segundo Viana, deve tornar o cidadão capaz de ler conteúdos midiáticos de forma crítica e de atuar como sujeito no processo de comunicação, a partir das oportunidades que as tecnologias oferecem. “Ele deve sair do processo empoderado, sabendo se expressar de forma mais clara e objetiva, tornando-se um cidadão mais ativo e atuante, de maneira consciente sobre as responsabilidades do ato comunicativo”, disse. De acordo com Viana, se o cidadão não passar por um processo de educação midiática, ele tende a reproduzir conteúdos sem entender o modo de produção das informações. “Não se trata apenas de detectar mentiras e verdades mas detectar que as notícias são editadas, elas não são neutras”, explicou. “Mesmo sendo verdadeira, a informação sofre um processo de edição que implica a escolha de determinas perspectivas desse fato. É se dar conta de que vivemos em um mundo editado”, completou. Currículo comum Alice Carraturi, representante do Ministério da Educação, afirmou que a educação midiática foi incluída na Base Nacional Comum Curricular entre as competências básicas que o aluno deve ter. A base prevê, por exemplo, que o aluno de ensino fundamental saiba utilizar e criar tecnologias de informação e comunicação. Entre as habilidades de língua portuguesa, o aluno deve, por exemplo, ser capaz de comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir qual é a mais confiável e por quê. O BNCC orienta a formulação dos currículos das escolas pelas redes estaduais. Neste momento, os novos currículos para o ensino fundamental estão em fase de formulação pelos estados. A deputada que solicitou a audiência, Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), ressaltou que os professores precisam de formação para promover a educação midiática. “É um tema que a educação brasileira precisa enfrentar e que ainda tem pouco espaço”, disse. A educação midiática já é política pública adotada em alguns países da Europa e em alguns estados nos Estados Unidos. Celular e internet Karla Skeff, oficial de projetos de Comunicação e Informação da Unesco, disse que a educação midiática pode promover conhecimentos, habilidades e atitudes que ajudarão o cidadão a filtrar o volume imenso de informação que circula na sociedade. Além disso, pode ajudá-lo a disseminar informações de maneira mais responsável e ética. “O uso massivo do celular e internet é um risco e uma oportunidade, mas existem mais oportunidades do que riscos”, opinou. “Um cidadão empoderado e crítico tem mais possibilidade de exercer controle social, e isso favorece a liberdade de expressão”, disse. Essa também é a visão da presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, que chamou a atenção para o impacto das informações disseminadas por meio da internet na decisão de eleitores nas últimas eleições e para a importância da educação midiática para combater as notícias falsas. “Educação midiática é liberdade”, avaliou. “É dar subsídios, ferramentas, para que crianças, adolescentes e adultos possamos exercer melhor a cidadania e a liberdade de expressão”, completou. Fonte e Imagem: Agência Câmara Notícias
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O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou tentativa de reanimação por cerca de 30 minutos, mas não houve sucesso.
As apostas podem ser feitas até as 19h, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa.
A pauta provocou posições contrárias, incluindo eventuais riscos à saúde e à segurança pública, mas o relator defendeu a liberação.
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