Pastor Nigeriano executado Foto: Divulgação
O pastor James Audu Issa, líder da Igreja Evangélica Winning All (ECWA), foi morto por sequestradores no estado de Kwara, na Nigéria, após mais de um mês em cativeiro. O religioso havia sido sequestrado em 28 de agosto, e, mesmo após o pagamento de um resgate equivalente a cerca de R$ 31 mil, ele foi executado pelos criminosos no início de outubro.
Issa foi encontrado sem vida em uma área desértica no dia 2 de outubro. O grupo criminoso, composto por homens identificados como parte de um grupo de pastores Fulani, havia inicialmente exigido uma quantia muito maior: cerca de 100 milhões de nairas (R$ 625 mil). Após negociações, a família conseguiu arrecadar os 5 milhões pagos. No entanto, os sequestradores voltaram a exigir mais dinheiro — desta vez, 45 milhões de nairas adicionais — e não aguardaram qualquer nova negociação antes de cometer o assassinato.
A morte do pastor causou profunda comoção entre fiéis e líderes cristãos no país, que veem o caso como mais um episódio da crescente onda de violência contra comunidades cristãs na Nigéria. Grupos extremistas têm intensificado os ataques, especialmente em regiões onde a disputa por terras e recursos se mistura a motivações religiosas.
Relatórios de organizações internacionais confirmam a gravidade da situação. A Lista Mundial da Perseguição 2025, elaborada pela missão Portas Abertas, aponta a Nigéria como um dos países mais perigosos do mundo para cristãos. Das mais de 4.400 mortes por motivos religiosos registradas globalmente, 3.100 ocorreram em território nigeriano.
O avanço de grupos jihadistas e a falta de ação efetiva por parte das autoridades têm agravado o cenário. Conflitos por território, agravados pela desertificação e pela crise climática, têm colocado comunidades inteiras sob ameaça constante, especialmente nas regiões central e norte do país.
Casos como o do pastor James Audu Issa refletem a vulnerabilidade de líderes religiosos em áreas de conflito e o desafio urgente de garantir segurança e liberdade de crença a milhões de pessoas na Nigéria.
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Em uma sequência de três vídeos sobre o país no YouTube, que somam mais de 4 milhões de visualizações, o Nômade Raiz passeou por diferentes locais.
A carta reconhece "o valor e a honra desses profissionais que deram suas vidas em defesa da segurança pública."
O incidente gerou protestos e levou diversas candidatas a abandonarem a cerimônia em solidariedade à colega.
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