Thiago Galhardo em entrevista ao "Abre Aspas". Foto: Reprodução/Globo Esporte
O atacante do Santa Cruz, Thiago Galhardo, mostrou seu lado mais autêntico em entrevista ao Globo Esporte Pernambuco, no quadro "Abre Aspas". Sem se prender ao rótulo de jogador, falou abertamente sobre seus ideais, sonhos e expectativas.
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Com uma bagagem cheia e passagens por grandes clubes como Internacional, Celta de Vigo e até a seleção brasileira, o atacante ainda foi concursado da Petrobras e compartilhou que apesar de não ser o seu sonho é grato pela oportunidade que mudou a sua vida.
"Acho que é o sonho de muitas pessoas ter um concurso público assim. Posso ser bem sincero que não era o meu, mas fui meio que obrigado, porque acabou que as coisas foram me levando. E sou grato ao pré-sal, acho que mudou a minha vida. Eu brinco com a minha mãe que é 30% do pré-sal e os outros 70% são da minha avó e dela, as únicas duas pessoas que me apoiaram. É uma pauta que no começo da minha carreira me incomodava um pouco, porque quando chegava para ser apresentado no clube se falava mais de Petrobras do que pelo Galhardo do futebol".
Galhardo comentou sobre a vida de atleta e a saúde mental como profissional. Aproveitou para dividir seus pensamentos sobre aqueles que não conseguem se manter depois que encerram a carreira e expôs que faz acompanhamento psicológico.
"A gente vê que em 95%, 97% dos atletas depois que encerram a carreira ficam pobres mesmo. Ficam aqueles cinco, sete anos ali conseguindo se manter e depois perdem tudo. Era um medo que eu tinha muito grande, acho que estou bem estruturado e pronto até para parar".
"Estou há três anos e meio fazendo tratamento. A gente acha que psiquiatra é só quando você está no momento máximo. Para ser sincero, até tomo uma medicação todos os dias para conseguir me manter mais tranquilo", completou.
No momento, o atleta também falou sobre a participação dos jogadores em outros âmbitos, não só esportivo, como posicionamento político.
"São um bando de medrosos. Hoje tenho visto mais atletas falarem, colocado para fora. Acho que alguns têm medo da forma como vai se posicionar, não tem a questão da leitura para poder ter a oratória boa para falar, então isso acaba não dando tanta credibilidade para ele falar. Eu acho que isso é o primeiro ponto. O segundo ponto, é muito mais fácil andar em cima do muro do que ir para algum lado. Sou esse cara, por isso talvez o "problemático". Eu nunca vou ficar em cima do muro. Se tiver que dar minha opinião, vou dar, seja ela certa ou errada".
Questionado sobre os jogadores se organizarem para ter uma opinião mais concreta sobre determinados assuntos e decisões no futebol, respondeu:
"Sem dúvida. São todos meio burros, todo mundo tem medo do que tem de ser dito. Todo mundo se preocupa mais consigo próprio e normalmente quem tem essa força são pessoas bem resolvidas, grandes nomes, de grandes clubes, de seleção brasileira. Eles não estão preocupados em fazer isso", completou.
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O Tricolor entra em campo neste domingo, 29 de junho, às 17h, com a chance de garantir vaga na segunda fase com quatro rodadas de antecedência.
Apesar de estar voando na competição, o comandante tricolor não quer saber de esperar e revelou ter "pressa" para voltar ao mercado e reforçar o elenco coral.
Considerando apenas os números de Thiago Galhardo, o atacante já supera a quantidade de gols marcados por todos os atletas do Leão no Brasileirão.
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