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Considerado um símbolo da reserva ambiental, o Chimpanzé superou em mais de uma década a expectativa média de vida da espécie, que varia entre 40 e 50 anos em cativeiro.
21 de junho de 2025 às 15:30 - Atualizado às 15:30
Chimpanzé Sena no zoológico do Recife. Foto: Lu Rocha/Divulgação. Arte: Portal de Prefeitura
Morreu na manhã deste sábado, 21 de junho, o chimpanzé Sena, animal mais antigo do zoológico do Parque Estadual de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife. Considerado um símbolo da reserva ambiental, Sena tinha 67 anos e superou em mais de uma década a expectativa média de vida da espécie, que varia entre 40 e 50 anos em cativeiro.
A morte foi confirmada por volta das 8h e ocorreu em decorrência da idade avançada. No mês passado, o primata passou por uma cirurgia de alta complexidade e, desde então, recebia cuidados paliativos.
Sena vivia no parque desde 1972, quando foi resgatado de um circo. Segundo a administração da unidade, mantida pelo Governo Estadual, o chimpanzé completaria 68 anos no dia 18 de agosto. Casos de animais dessa espécie que ultrapassam os 60 anos em cativeiro são considerados raros.
Ao longo dos anos, o aniversário do animal passou a ser celebrado com festas simbólicas. Em 2022, quando completou 65 anos, ele recebeu um bolo especial feito com banana, aveia e canela, preparado pela bióloga Fernanda Justino. O lanche foi pensado para não interferir na dieta do chimpanzé.
Sena também era conhecido por um hábito peculiar: gostava de folhear revistas impressas em um galho favorito do recinto onde vivia. Em referência a isso, ganhou uma publicação que contava sua história durante uma das comemorações.
Por respeito ao seu temperamento tranquilo, os parabéns eram dados com uma salva de palmas em linguagem de sinais, sem gerar barulho excessivo que pudesse incomodá-lo.
"Ao longo de 53 anos, Sena tornou-se um verdadeiro embaixador da educação ambiental, despertando em milhares de visitantes o respeito e o carinho pelos animais silvestres. [...] O legado de Sena transcende a sua história individual. Seu olhar expressivo e sua personalidade carismática tocaram o coração de gerações, fazendo dele parte integrante da memória afetiva de Pernambuco", declarou a direção do Parque Dois Irmãos em uma nota de pesar.
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