Artigo de Edinázio Vieira. Foto: Portal de Prefeitura
Tentamos descobrir os segredos da vida, da nossa existência. Queremos prever o futuro, desejamos ser profetas ou possuir uma carta de tarô mágica que revele passado, presente e futuro. Esse é o humano.
A Terra tem uma população estimada em 8 bilhões de pessoas. Sua superfície é de aproximadamente 510.100.000 km².
Habitar esse universo de mares e terras, com diversos climas e ambientes irregulares, foi um desafio para o ser humano. Ao longo dos séculos, ele elaborou êxodos, e disso resultou a população do século XXI. Chegou a modernidade e, com ela, a sofisticação, os eletrônicos, os robôs e a inteligência artificial. Agora, não é mais necessário realizar muitas atividades, nem sequer pensar: basta acionar os aplicativos à disposição. Basta chamar a tecnologia... e ela diz tudo.
Contudo, toda essa modernidade não conseguiu eliminar a angústia humana. Os humanos são outros quinhentos. Quando esse ser pensa, sua mente “viaja” a anos-luz na escuridão, no passado ou no futuro incerto. Nesse dueto, os componentes cerebrais são ativados: o sistema límbico entra em alerta, as amígdalas cerebrais se destacam e acionam o pavor. O sistema nervoso central dispara um alerta e toda a cadeia se desarruma. A confusão está instalada.
Nesses novos tempos, as pessoas buscam fantasiar com maior intensidade, utilizando as redes sociais e os novos meios de comunicação. Assim, isolam-se cada vez mais do outro, acentuando a sensação de vazio e abrindo um túnel existencial. Os comportamentalistas deste século ignoram a alma, a psique e a individualidade de cada pessoa. Tratam os indivíduos no coletivo, entregando uma espécie de "lavagem química", seja nos enlatados que vendem nos supermercados, seja nos medicamentos farmacêuticos que causam dependência e novos sintomas.
Na projeção feita no filme A Terra dos Idiotas, o ano de 2050 exibe uma população dominada pela extrema idiotia. Na obra literária A Fábrica de Cretinos Digitais, o autor denuncia o uso desenfreado das telas digitais como um câncer incurável. Ele alerta que, em breve, isso levará uma geração à imbecilidade, à perda do raciocínio lógico e ao déficit cognitivo.
Nesse cenário, há uma fuga mental para um mundo ilusório. Os robôs e humanoides, até o momento, não sabem enganar, ressentir-se ou agir com raiva. A máquina não adoece. Isso nos leva a refletir: o processo mental, ao acumular as dificuldades do dia a dia, as trapaças humanas, as injustiças sociais e as adversidades da vida, pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos psíquicos e doenças somáticas, como enfermidades coronárias, isquemias cerebrais, câncer e outras mazelas.
Hoje sabemos que somos capazes de armazenar conteúdos em nossa mente em uma escala superior à dos computadores que guardam tudo o que a Netflix exibe. Somos uma potência natural, e tudo isso está no nosso inconsciente. Esses conteúdos emergem de vez em quando, e somos surpreendidos por lembranças de décadas atrás.
A nossa mente é um mistério. Não fotografamos, não filmamos, e ela não pode ser operada nem medicada. No entanto, pode causar danos irreparáveis à vida de qualquer mortal. A mente pode levar uma pessoa à loucura e ao desequilíbrio. Conduz ao sofrimento, seja esse humano rico ou pobre, rei ou rainha, mendigo ou poderoso.
A mente humana e o cérebro são os maiores mistérios que a ciência investiga para compreender a profundidade psíquica.
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"Nós, personagens de Deus, habitamos na sua mente e vivemos também num mundo idealizado por Ele", diz colunista.
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