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Artigo: Quando a família educa e a escola ensina, a sociedade cresce

Saber distinguir o que compete à família e o que compete à escola é fundamental para construir cidadãos bem equilibrados.

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15 de outubro de 2025 às 18:37   - Atualizado às 18:52

Familia educando filhos

Familia educando filhos Foto: Divulgação/ IA

É comum nos dias de hoje que se espere da escola muito mais do que o ensino de conteúdos: muitos acreditam que ela deva moldar comportamentos, valores e ética tarefas que historicamente pertencem ao âmbito familiar. Essa expectativa excessiva pressiona instituições de ensino e pode gerar injustiças à escola. Saber distinguir o que compete à família e o que compete à escola é fundamental para construir cidadãos bem equilibrados.

A verdadeira educação começa no lar. É ali que as crianças recebem os primeiros estímulos sociais e morais aprendem respeito, empatia, honestidade, limites e convívio. Quando pais e responsáveis atuam como modelos, ajudam a construir uma base de valores que orientarão o comportamento em toda a vida. Essa raiz familiar é essencial para que o indivíduo caminhe com firmeza diante dos desafios éticos e relacionais do mundo.

Por outro lado, a escola assume um papel técnico, intelectual e social. É no ambiente escolar que os alunos têm contato sistemático com o saber formal: ciências, história, línguas, matemática e cultura. A escola amplia horizontes, estimula o pensamento crítico, desenvolve habilidades e prepara a pessoa para o convívio coletivo numa sociedade complexa.

Mas uma educação desequilibrada cultivada apenas pela escola ou apenas pela família dificilmente gera desenvolvimento integral. Se a família não transmitir valores sólidos, a pessoa pode tornar-se tecnicamente bem formada, porém despida de sensibilidade social. Se, ao contrário, a escola existir sem respaldo familiar, pode-se formar pessoas carregadas de princípios mas com lacunas de conhecimento ou entendimento do mundo.

Quando a família e a escola atuam em parceria dialogando, compartilhando responsabilidades, alinhando expectativas surge o verdadeiro processo de construção cidadã. A família fundamenta o ser; a escola promove o saber. A família molda o caráter; a escola amplia o horizonte. Essa fusão educação familiar e ensino escolar fortalece não apenas o indivíduo, mas toda a sociedade.

Em tempos de mudanças rápidas tecnológicas, culturais, sociais — essa parceria é ainda mais vital. A família não pode dispensar sua missão de educar, alegando que a “escola faça tudo”. E a escola, por sua vez, não pode assumir o papel de pai ou mãe. Cada instituição tem seu lugar e, juntas, têm poder transformador.

Que possamos, como sociedade, valorizar esse equilíbrio: que famílias se engajem, que escolas se abram ao diálogo e que ambos percebam que, quando a família educa e a escola ensina, a sociedade cresce humana, sábia e mais justa.

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