13 de setembro de 2024 às 17:07 - Atualizado às 17:17
Ivan Garcia Arruda, o 'Degola', e Marcola Fotos: Reprodução/ Redes Sociais
A Polícia Militar de São Paulo e o Ministério Público do Estado prenderam na última quarta-feira, 11 de setembro, o líder do PCC Ivan Garcia Arruda, o ‘Degola’, integrante da ala ‘Restrita Tática’, que planejava a fuga do chefão da facção Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, da penitenciária federal em Brasília.
Segundo a investigação, ‘Degola’ estava coordenando o recrutamento e preparação de criminosos que ficariam responsáveis pela operação de resgate de Marcola.
A prisão de ‘Degola’ foi anunciada no Instagram pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), do 1.º Batalhão de Choque da PM paulista.
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A ação foi aberta para cumprir oito mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Criminal de Sorocaba, no interior do Estado. Os alvos são endereços supostamente ligados a ‘Degola’.
Os investigadores apontam que o resgate de Marcola seria realizado para uma estratégia de reorganização da cúpula do PCC, que se intensificou em 2024 em razão de uma disputa de poder entre os principais líderes da facção.
O MP identificou um ‘racha’ na ala ‘Sintonia Final’, envolvendo Marcola e outros líderes do PCC, Tiriça, Vida Loca e Andinho.
De acordo com o Ministério Público, a cisão teve início em junho de 2022, quando Marcola (à época na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho) disse que Tiriça seria ‘psicopata’.
O diálogo foi gravado e usado como prova no julgamento que condenou Tiriça a 31 anos de prisão pelo assassinato brutal de uma psicóloga da penitenciária federal de Catanduvas, interior do Paraná, em maio de 2017.
A ‘Sintonia Final’ (cúpula do PCC) considerou que Marcola era inocente e determinou a exclusão dos outros três chefões do alto escalão da facção. Tiriça, Vida Loka e Andinho foram considerados "culpados por traição e calúnia".
O racha foi seguido de uma série de assassinatos de integrantes da cúpula do PCC, entre eles Nefo e Ré. Eles foram mortos por aliados próximos de Marcola. Ocupavam cargos importantes na ‘Sintonia Restrita’, núcleo do qual se deriva a ‘Restrita Tática’.
Após a reestruturação da facção, o suposto líder da ‘Restrita Tática’, conhecido como Serginho Mijão, que está foragido, dividiu o grupo em três, sob a coordenação de ‘Degola’ e outros dois do PCC.
Eles são apontados como responsáveis pelo recrutamento de efetivo com experiência no manejo de armas de grosso calibre para o ‘Novo Cangaço’ - ações sanguinárias que levam terror a pequenas cidades do interior durante assaltos a empresas de valores e bancos.
Os recrutados eram enviados à Bolívia, onde passavam por treinamento especializado, ministrado por mercenários estrangeiros, envolvendo o uso de armas automáticas e táticas militares avançadas, diz o MP.
Segundo a Promotoria, até há pouco tempo o paradeiro dos integrantes da ‘Restrita Tática’ era desconhecido. Até que ‘Degola’ foi localizado em Sorocaba.
A Promotoria rastreou endereços possivelmente usados por ‘Degola’ para a preparação de ações. Esses endereços foram vasculhados na quarta, 11.
Estadão Conteúdo
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O velório acontece na tarde deste sábado, a partir das 14h, no centro de São Caetano do Sul, e a cerimônia de despedida está prevista para as 19h.
A aeronave havia acabado de concluir o atendimento à ocorrência de um acidente com um monomotor, quando aguardava uma melhora nas condições climáticas para decolar.
Apesar de tudo, Roger Felipe disse que não guarda mágoa e que o caso é um assunto encerrado.
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