Jornalista dos EUA relata surpresa com atendimento no SUS após acidente: 'A conta foi 0 reais'. Fotos: Reprodução
O correspondente do Washington Post no Brasil, TerrenceMcCoy, relatou a experiência que teve no Hospital Municipal Hugo Miranda, em Paraty (RJ), depois de sofrer um corte profundo na cabeça. O acidente ocorreu quando o pistão do portamalas do carro estourou e a tampa atingiu o jornalista enquanto ele organizava as malas para voltar ao Rio de Janeiro.
“Afasteime cambaleando e agarrei a cabeça, só me dando conta do quanto estava ferido quando puxei a mão e vi que estava coberta de sangue”, escreveu.
“Eu estou no Brasil há seis anos e não tinha precisado do SUS até esse dia (…) Passei seis horas em atendimento, sendo socorrido e fazendo exames. E tudo era de graça. Tomografia, raiox, sutura… e a conta chegou 0 reais.”
Uma ambulância do SAMU levou McCoy até o hospital público. Lá, ele recebeu injeção para dor, anestesia local, seis pontos na cabeça, raiox e tomografia computadorizada. Nenhum funcionário solicitou seguro saúde ou forma de pagamento.
“Mesmo depois de seis anos no Brasil, confesso que um dos meus primeiros pensamentos foi teimosamente americano. Da obscuridade, surgiu com uma clareza repentina: quanto isso vai me custar?”, relatou.
O jornalista também precisou levar o filho, com febre de 40°C, ao pediatra na mesma unidade. Depois de uma hora de espera, a criança recebeu diagnóstico de amigdalite e medicação adequada.
“Dez minutos com um pediatra foram tudo o que precisamos para chegar ao diagnóstico”, afirmou.
No artigo publicado pelo Washington Post, McCoy compara o Sistema Único de Saúde ao sistema americano e destaca o acesso universal brasileiro. Ele descreve a diversidade de pacientes no hospital, de moradores locais a turistas e trabalhadores de regiões distantes.
“Senteime sem dizer uma palavra ao lado de um homem descalço com um olho só”, contou.
McCoy reforça que tratamento semelhante nos Estados Unidos geraria cobrança mesmo para quem possui plano de saúde.
“Esse tipo de tratamento não existe nos EUA. Mesmo para as pessoas que possuem um convênio médico. Você vai precisar pagar uma conta por tratamento emergencial.”
A repercussão do texto nas redes sociais gerou elogios ao SUS e críticas aos brasileiros que defendem o fim do sistema público.
“Nosso país é muito bom. E os brasileiros têm o péssimo costume em supervalorizar os EUA e a Europa e menosprezar a sua própria pátria. Lamentável”, comentou um internauta.
Outro avaliou: “Sempre tem um com síndrome de viralata pra criticar o SUS; realmente não é perfeito, mas se tiver uma urgência não passa perrengue.”
Houve quem lembrasse a carga tributária: “Só esqueceram de avisar que trabalhamos cinco meses por ano somente para pagar impostos! Dito isso, esse ‘de graça’ custa muito caro para os cidadãos brasileiros!”
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