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Aposentados podem continuar trabalhando no Brasil sem perder o benefício? Mito ou verdade

Descubra as principais regras para aposentados que desejam seguir ativos no mercado de trabalho e saiba quando é permitido continuar recebendo o benefício do INSS.

Joice Gomes

11 de outubro de 2025 às 18:38

Aposentados podem trabalhar no Brasil sem perder o benefício?

Aposentados podem trabalhar no Brasil sem perder o benefício? Imagem de Freepik

Pesquisas indicam que, em 2025, aposentados no Brasil podem em geral continuar trabalhando sem perder o benefício, com algumas exceções específicas, especialmente relacionadas à aposentadoria por incapacidade permanente e à aposentadoria especial. A legislação vigente do INSS permite que a maioria dos aposentados, como os por idade ou tempo de contribuição, mantenha a atividade laboral remunerada, seja como empregado registrado, autônomo ou prestador de serviço, sem prejuízo da aposentadoria.

Quem pode trabalhar após aposentar-se?

A regra geral é que quem se aposentou por idade ou tempo de contribuição permanece livre para continuar trabalhando, inclusive no mesmo emprego ou em nova função, complementando sua renda e mantendo-se ativo. Não há proibição legal para esses aposentados exercerem atividades remuneradas, e eles continuam a contribuir para a Previdência, embora estas contribuições não aumentem o valor do benefício já concedido. Ou seja, mesmo que continue trabalhando, o valor da aposentadoria não é recalculado com base nas novas contribuições feitas após a aposentadoria.

Exceções importantes

Duas situações principais restringem o direito do aposentado de trabalhar sem prejuízo do benefício:

  • Aposentados por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) não podem voltar ao trabalho remunerado. Se retornarem, o benefício é suspenso imediatamente, pois essa aposentadoria pressupõe incapacidade total para o trabalho. O INSS interpreta a volta ao emprego como comprovação de recuperação da capacidade, o que invalida o direito ao benefício.
  • Aposentados por aposentadoria especial, que trabalharam em condições insalubres, perigosas ou penosas, não podem exercer a mesma atividade que deu origem ao benefício, sob risco de perder o benefício especial. No entanto, podem se dedicar a outras atividades que não causem a mesma exposição nociva.

Contribuições e direitos do aposentado ativo

Mesmo após a aposentadoria, quem optar por continuar trabalhando deve manter suas contribuições previdenciárias, seja através de desconto em folha ou carnê no caso dos autônomos. Embora as contribuições continuem, não há recálculo retroativo do valor da aposentadoria, mas o trabalhador mantém direito a outros benefícios como auxílio-doença e salário-maternidade, se necessário. Existe debate judicial sobre a possibilidade de revisão e aumento da aposentadoria com base em contribuições feitas após a concessão do benefício, mas até o momento a regra vigente do INSS não prevê essa revisão.

Contexto atual e mudanças legislativas

Este cenário é baseado nas regras atualizadas em 2025, quando o salário mínimo é de R$ 1.518, insuficiente para muitos aposentados, o que motiva a busca pela complementação de renda no mercado de trabalho. O INSS emitiu orientações claras sobre quem pode continuar trabalhando e as consequências para os que não estão autorizados pelo tipo do benefício concedido.

Além disso, a legislação previdenciária sofreu alterações nas regras de aposentadoria, como mudanças nas idades mínimas e tempo de contribuição, que impactam o acesso e a forma de aposentadoria, mas não mudaram o direito fundamental do aposentado por idade ou contribuição continuar ativo profissionalmente.

Pontos relevantes para o aposentado decidir continuar no trabalho

  • O retorno ao trabalho não gera aumento da aposentadoria, mas pode melhorar a renda total.
  • É possível manter o benefício integral, desde que o tipo de aposentadoria permita a atividade remunerada.
  • Retornar ao trabalho incompatível com o benefício (incapacidade ou atividade especial) pode levar à suspensão ou cancelamento do benefício.
  • As contribuições feitas após a aposentadoria continuam garantido o direito a outros benefícios previdenciários.
  • É essencial consultar a situação específica com o INSS para evitar surpresas negativas.

Perspectivas e controvérsias

Judicialmente, existe discussão sobre a possibilidade de que as contribuições feitas depois da aposentadoria possam ser usadas para melhorar o valor do benefício, mas esta revisão ainda não é prevista oficialmente e enfrenta resistência do INSS e do governo. Por isso, os aposentados continuam seguindo as regras vigentes e devem consultar profissionais ou órgãos oficiais para análise individualizada.

Com base no panorama atual, a maioria dos aposentados pode e tem buscado formar uma renda complementar através do trabalho, conciliando a aposentadoria com a atividade profissional. As exceções são claras e ligadas a proteger o direito de quem se aposentou por incapacidade ou devido a condições especiais de risco.

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