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POLICIAIS fingiram ser PASTORES para flagrar COMPRA de votos em operação

Os agentes chegaram no início da manhã no centro de convenções da igreja e só se identificaram após flagrarem a distribuição de envelopes com dinheiro vivo.

Ricardo Lélis

28 de outubro de 2024 às 16:02   - Atualizado às 16:13

Polícia Federal.

Polícia Federal. Foto: Divulgação

A operação da Polícia Federal (PF) que levou à prisão em flagrante de dois pastores em Manaus, no último sábado, 26 de outubro, véspera do segundo turno, por suspeita de compra de votos para beneficiar o prefeito reeleito David Almeida (Avante), teve início a partir de uma denúncia anônima no plantão da corporação

Os policiais federais chegaram no início da manhã no centro de convenções da igreja, no bairro Monte das Oliveiras, e fizeram campana no local. Depois, se passaram por pastores para entrar no evento. Os agentes só se identificaram após flagrarem a distribuição de envelopes com dinheiro vivo.

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Os pagamentos ocorriam em uma sala de reuniões com acesso controlado. No local, também havia uma lista de fiéis que teriam recebido dinheiro para votar em David Almeida, que conseguiu se reeleger. A PF apreendeu R$ 21 mil.

A reunião extraordinária foi convocada por meio de um grupo no WhatsApp.

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"Convocamos todos os ministros credenciados que votam em Manaus", dizia o texto compartilhado no aplicativo de mensagens.

Foram presos os pastores Flaviano Paes Negreiros e Werter Monteiro Oliveira. Eles foram ouvidos na superintendência da PF no Amazonas e poderão pagar fiança para responder ao processo em liberdade.

Em depoimento, os pastores admitiram que receberam uma "oferta" de R$ 38 mil de "uma pessoa do David", "um irmão da igreja", para "ajudar os pastores" em uma convenção religiosa que ocorre em novembro.

Procurado pelo Estadão, o prefeito não havia dado retorno à reportagem até a publicação deste texto.

"O evangélico é muito carente. Às vezes nós caímos nessas ciladas", afirmou Flaviano à PF.

O pastor ostentava no perfil do WhatsApp uma foto com o símbolo da campanha do prefeito.

"A gente chama todo mundo e distribui, R$ 200 para um, R$ 150 para outro, mas nós não estávamos pedindo voto. É porque estamos diante da convenção e os pastores precisam."

O pastor Werter Monteiro Oliveira afirmou que eles acharam "por bem dividir (o dinheiro) com o povo".

"A gente sabe que não pode fazer esse tipo de coisa, então convocamos uma reunião para distribuir, compartilhar com os irmãos", afirmou em depoimento.

Os pastores são investigados por corrupção eleitoral.

Estadão Conteúdo
 

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