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PF realiza OPERAÇÃO contra INFLUENCIADORES que ensinam IMPORTAÇÃO ILEGAL de produtos na internet

Os investigados irão responder pelos crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de capitais.

28 de novembro de 2024 às 19:58   - Atualizado às 20:11

Polícia Federal em operação contra importação ilegal

Polícia Federal em operação contra importação ilegal Fotos: Divulgação

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram nesta quinta-feira, 28 de novembro, a Operação Hidden Circuit, com o objetivo de combater os crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de capitais, nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas.

A operação é um desdobramento da Operação Mobile (deflagrada em abril deste ano), iniciada a partir da prisão em flagrante de vários transportadores de mercadorias, especialmente eletrônicos, sem os pagamentos dos devidos tributos.

Aproximadamente 300 policiais federais e 133 servidores da Receita Federal, entre auditores-fiscais e analistas-tributários, cumpriram 76 mandados judiciais de busca e apreensão e de sequestro de veículos.

As investigações revelaram a existência de uma organização criminosa que atuava na importação clandestina, no transporte, depósito e na comercialização nas cidades de Goiânia/GO, Anápolis/GO, Palmas/TO, Manaus/AM e Confresa/MT de produtos eletrônicos oriundos do Paraguai.

Contabilizando somente as apreensões de mercadorias realizadas em fases anteriores da operação, chega-se a um montante de aproximadamente de R$ 10 milhões.

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A organização criminosa, composta por diversos integrantes, possuía divisão de tarefas especializadas entre seus membros e as empresas envolvidas realizavam movimentação financeira milionária, também utilizando criptomoedas para realizar as transações ilegais e a lavagem de capitais oriundos dos crimes praticados.

Os prejuízos aos cofres públicos podem chegar ao valor de R$ 80 milhões por ano em tributos sonegados, segundo a Receita Federal.

São alvos da operação, influenciadores digitais que também atuavam como coaches e que se autointitulavam “especialistas” na importação de eletrônicos, ministrando cursos e ensinando seus seguidores a fazerem importação clandestina de produtos sem o recolhimento de impostos, orientando-os, também, a como proceder para “se ocultarem” das autoridades estatais.

Esses influencers ostentavam uma vida de luxo na internet, realizando postagens de viagens e de carros importados provenientes dos lucros das atividades ilícitas.

Os investigados irão responder pelos crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de capitais.

O nome da operação se refere ao fluxo ou circuito que a organização criminosa utilizava e que funcionava de maneira oculta das autoridades estatais, descoberto por meio da presente investigação policial.

Polícia Federal

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