Grito dos Excluídos SP Fernando Frazão/Agência Brasil
A principal mobilização (cerca de 30 mil pessoas, segundo organizadores) realizada na Praça da República, em São Paulo, nesta quarta (7 de setembro), expressou um firme posicionamento contra a anistia, com forte participação de ministros do governo Lula. O evento enfatizou a resistência soberana do Estado brasileiro à intervenção externa.
A manifestação, parte de atos similares em diversas capitais, ocorreu no contexto do julgamento dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023 — processo iniciado em 2 de setembro e próximo da reta final, com votos prestes a ser definidos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os ministros Luiz Marinho (Emprego e Trabalho) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) subiram ao palco para reforçar que a proposta de anistia é uma afronta à Constituição. Marinho foi enfático ao afirmar que “pedir anistia antes mesmo de ser condenado é praticamente uma confissão”, lembrando que crimes contra a pátria não admitem perdão legal.
O ministro também criticou os ataques do governo dos Estados Unidos — incluindo tarifas elevadas sobre produtos brasileiros e acusações ao ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky —, e reafirmou a postura de Lula: “Apesar das pressões internacionais, o Brasil seguirá crescendo, gerando empregos e distribuindo renda”.
Teixeira complementou a fala, classificando como “abrupta e injustificada” a postura protecionista dos EUA motivada por interesses políticos. Ele declarou que o ato em São Paulo reforça a soberania nacional e o respeito ao Judiciário brasileiro: “O Brasil não aceitará ameaças dessa natureza.”
O ato também contou com forte presença de parlamentares da esquerda, entre eles Guilherme Boulos (PSOL-SP), que criticou duramente o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) por buscar apoio à anistia e sinalizou que “no Senado não passa”, destacando que a sociedade brasileira não dará aval à anistia a golpistas.
Movimentos sociais como o MST também estiveram na marcha e defenderam pautas progressistas como taxação dos super-ricos, redução da jornada de trabalho e reforço à soberania. Gilmar Mauro, um de seus representantes, afirmou que “processos de anistia abriram espaço para retrocessos” e que “não há espaço para anistia desta vez”.
O presidente Lula também marcou posição em Brasília, entoando o lema “sem anistia” durante o desfile cívico-militar, reforçando que a mobilização popular foi vital para este recado cívico.
Luiz Marinho condenou o movimento pela anistia, afirmando que “pedir anistia antes mesmo de ser condenado é praticamente uma confissão”. Ele reforçou que, segundo a Constituição, crimes contra a pátria não admitem perdão, e que, caso o Congresso aprove alguma proposta inconstitucional, ela seria vetada ou freada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Paulo Teixeira, por sua vez, classificou como “abrupta e injustificada” a postura dos EUA, que rompeu uma relação histórica com o Brasil ao adotar medidas protecionistas por motivações políticas. Para ele, a anistia seria uma tentativa de interferir nos rumos da justiça brasileira, e o Judiciário pode e deve condenar esses atos por tentativa de golpe. “O Brasil não aceitará ameaças dessa natureza”, concluiu.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi duramente criticado por figuras da esquerda como Guilherme Boulos (Psol-SP), que o acusou de atuar em Brasília pela aprovação da anistia — e o chamou de “lamentável” por buscar futuras alianças com o bolsonarismo. Boulos reforçou que a proposta é impopular e citou reivindicações populares como redução da jornada de trabalho e retirada de IR para trabalhadores.
Manifestantes e entidades como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) também marcaram presença, com Gilmar Mauro lembrando que “a anistia ignora o peso histórico dos retrocessos que ela representa” e alertando para o risco de retorno de um governo alinhado aos interesses externos.
3
14:30, 14 Nov
29
°c
Fonte: OpenWeather
Deputado participou de fórum no país e afirmou que experiência salvadorenha pode servir de referência para o Brasil.
O empresário Antônio Camilo Antunes, preso desde setembro por suspeita de envolvimento em um esquema de desvios do Instituto Nacional do Seguro Social.
Segundo relatos da família, Ivaldo havia se submetido recentemente a um transplante de fígado, cirurgia que transcorreu sem intercorrências.
mais notícias
+