Marqueteiro de Nunes pede medida protetiva contra assessor de Marçal, após briga em debate

Na madrugada desta terça-feira, 24 de setembro, o marqueteiro Duda Lima (PL), responsável pela campanha do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), registrou um boletim de ocorrência após uma confusão envolvendo um assessor de Pablo Marçal (PRTB), Nahuel Medina.

O publicitário alega ter sido agredido por Medina com um soco no rosto durante o debate, que ocorreu na zona sul da capital paulista. Além do registro policial, Duda solicitou uma medida protetiva para evitar qualquer contato futuro com o assessor.

Segundo o Metrópoles, Duda Lima passou cerca de 40 minutos prestando depoimento no 16º Distrito Policial, localizado na Vila Clementino, e deixou a delegacia por volta das 3h40 da manhã. De acordo com membros da equipe de Ricardo Nunes, o marqueteiro estava visivelmente abalado, relatando tontura e dores de cabeça, além de confusão mental.

O advogado de Duda, Daniel Bialski, informou que a medida protetiva solicitada será encaminhada ao Poder Judiciário pela delegada responsável.

Por outro lado, Nahuel Medina, que também compareceu à delegacia, afirmou ter sido o primeiro a sofrer uma agressão. Segundo sua versão, Duda Lima teria iniciado o confronto ao xingar o candidato Pablo Marçal e tentar passar "códigos" para Ricardo Nunes durante a campanha. Ao tentar registrar a situação em vídeo, Medina afirmou que foi atacado fisicamente pelo marqueteiro, que teria jogado seu celular no chão e o machucado no peito.

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O assessor de Marçal, que deixou a delegacia às 4h40, também registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal, sustentando que agiu em legítima defesa.

Enquanto Medina relata que a agressão de Duda foi imediata após ele começar a filmar, a equipe de Nunes sustenta que houve um intervalo maior entre o momento em que Duda teria tentado mexer no celular de Medina e a suposta agressão por parte do assessor.

O caso ainda está sob investigação e, até o início da manhã desta terça-feira (24), o boletim de ocorrência não havia sido finalizado, uma vez que alguns policiais militares que presenciaram o episódio ainda precisavam ser ouvidos pela delegada encarregada.

Confusão no debate

O debate promovido pelo Flow, nesta segunda-feira, 23 de setembro, entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), foi interrompido após confusão no estúdio. Marçal foi expulso durante as considerações finais (assista vídeo abaixo).

O mediador, Carlos Tramontina, paralisou o debate após Marçal, "reiteradamente", desrespeitar as regras. "Tive que paralisar o debate para excluir o candidato Pablo Marçal, que reiteradamente, desrespeitava as regras. Na saída dele, houve uma confusão e o assessor do candidato Ricardo Nunes foi agredido e está sangrando bastante neste momento".

Ele explica que o candidato do PRTB resolveu ficar agressivo nas considerações finais. "O último sorteado para fazer as considerações finais foi Pablo Marçal e, aparentemente, adotou o projeto de sair fazendo tudo aquilo que ele não fez de agressão e desrespeito ao longo do debate. No debate, ele se comportou como os outros, apresentando ideias e propostas. No final, sendo o último a falar, ele iniciou uma série de acusações injuriosas e caluniosas, que, de acordo com o regulamento, não poderiam ser aceitas".

"Eu o interrompi, ele ficou bravo e falei: 'Tenho autoridade para interromper conforme sua assessoria assinou'. Voltou para ele e, imediatamente, ele repetiu. Na terceira vez, ele foi excluído do debate faltando dez segundos para o término. Simples assim", relatou Tramontina.

Marçal quis usar o tempo final de sua fala para falar coisas negativas contra os candidatos sem "nenhuma responsabilização ou consequência", diz Tramontina. "Ele claramente usou o tempo final na expectativa de que isso fosse o fecho do debate, sem nenhuma responsabilização ou consequência. Eu, como mediador do debate, fiz apenas a aplicação das regras. Ele injuriou e caluniou, conforme não era permitido pelas regras".

Tramontina narra o tumulto e diz que ele saiu provocando os demais candidatos. "Ele sai, forma-se um tumulto porque tinha um grupo que o acompanhava e, empurrando o restante do pessoal que estava ali, vem para chegar perto dele. Ele saiu com uma atitude de provocação para os outros que estavam lá. Só sei que houve um soco de uma pessoa no assessor do candidato Ricardo Nunes. Sangrou muito".

Entre as regras previstas, ataques pessoais e ofensas tinham punição prevista com advertência. Três advertências resultavam em expulsão.