O comando foi passado para Lula pelo presidente argentino, Javier Milei, que estava no comando do bloco. O líder brasileiro terá como foco finalizar o acordo de comércio com a União Européia.
Presidente Lula e os chefes de Estado durante encontro do Mercosul. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Lula está na Argentina, onde recebeu do presidente Javier Milei a presidência do Mercosul, durante o encontro de chefes de Estado do bloco, realizado nesta quinta-feira, 3 de julho. É a primeira missão oficial do líder brasileiro no país argentino desde a eleição de Milei.
Lula chegou no país vizinho na quarta-feira (2), mas já deve retornar ao Brasil na tarde desta quinta-feira (3). O petista irá comandar o Mercosul até o final do ano e terá como um dos principais focos de sua gestão finalizar o acordo de comércio com a União Europeia.
Sob o comando do brasileiro, o Mercosul também pretende priorizar o fortalecimento da Tarifa Externa Comum, a incorporação dos setores automotivo e açucareiro ao regime comercial do bloco e o avanço em medidas que consolide a união aduaneira.
Outras duas frentes que devem ganhar destaque durante a presidência brasileira são a cooperação em segurança pública e o fortalecimento dos mecanismos de financiamento de infraestrutura e desenvolvimento regional. O Brasil deve liderar o lançamento da segunda fase do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM 2).
Acordo Mercosul-EFTA
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, celebrou nesta quarta a conclusão das negociações do acordo entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comercio (EFTA), anunciada em Buenos Aires, Argentina, onde está sendo realizada a 66ª Cúpula do Mercosul.
“Sob a liderança do Presidente Lula, anunciamos a conclusão de mais um acordo, que representa uma vitória do diálogo e do multilateralismo, a favor dos interesses comuns entre realidades econômicas distintas. Podemos crescer muito em investimentos recíprocos e no comércio”, afirmou o vice-presidente.
Geraldo ressaltou a conclusão das negociações dos acordos Mercosul-União Europeia (anunciado em 2024) e Mercosul-Singapura (assinado em 2023). “Essas negociações integram a estratégia brasileira de diversificação das parcerias comerciais”, disse.
O EFTA é uma área de livre comércio formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein — países que não fazem parte da União Europeia. Com uma população de 15 milhões de pessoas e um PIB de US$ 1,4 trilhão, os quatro integrantes desse bloco estão entre os maiores PIB per capita do mundo.
O tratado Mercosul-EFTA prevê compromisso de liberalização tarifária em setores industriais e agrícolas, respeitando as especificidades de cada mercado. Os dois blocos se beneficiarão com melhorias no acesso aos mercados para mais de 97% de suas exportações, o que resultará em um aumento do comércio bilateral e em vantagens para empresas e indivíduos. Juntos, Mercosul e EFTA formam um mercado de 290 milhões de consumidores e um PIB, em 2024, foi de US$ 4,3 trilhões.
A finalização desses acordos, adicionada ao que foi assinado com Singapura em 2023, aumenta em 2,5 vezes a corrente de comércio brasileira coberta por acordos de livre comércio, passando de US$ 73,1 bilhões para US$184,5 bilhões. “É um tratado muito abrangente, cobrindo desde comércio de bens e serviços até investimentos, propriedade intelectual e sustentabilidade. Significará mais previsibilidade e segurança jurídica para o nosso comércio”, afirmou.
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